segunda-feira, 20 de julho de 2009

ATÉ QUANDO OS BRASILEIROS FICARÃO PASSIVOS DIANTE DA CORRUPÇÃO PÚBLICA?

Será que ainda existem brasileiros que acreditem em resquícios de boa fé nesses deputados e senadores que transformaram o Congresso em uma “fossa séptica”? Deve ter! Afinal, os brasileiros são conhecidos pela passividade com que aturam os desmandos de suas autoridades públicas. Essa característica provavelmente foi adquirida ao longo dos séculos de dominação portuguesa, quando os brasileiros foram intensamente condicionados ao princípio de que qualquer ação governamental que não afetasse negativamente o seu cotidiano, de forma direta e imediata, deveria ser visto como um problema secundário, cuja reação caberia exclusivamente aos prejudicados. É o velho conceito de que cada um deve cuidar da sua vida, tão repetida e intensamente incutido em nosso subconsciente, desde a mais tenra infância. De fato, ao contrário de outros povos civicamente mais evoluídos, que entendem a coisa pública como algo que diz respeito a todos, os brasileiros continuam entendendo que apenas o que é privado deve ser objeto de suas preocupações, enquanto decisões e/ou patrimônios públicos são da exclusiva responsabilidade dos parlamentares e governantes. É por essas e por outras que a maioria do nosso povo é tão fatalista em relação ás mazelas do Brasil, partindo invariavelmente de pressupostos de que “isso é assim mesmo...”, “sempre foi assim...”, “não tem jeito...”, “podia ser pior...”, etc. Sempre que escuto essas baboseiras, costumo lembrar uma frase aprendida no final da década de 60, enquanto vivenciava o início dos “anos de chumbo” da ditadura militar: “QUEM NÃO LUTA PELOS SEUS DIREITOS, NÃO É DIGNO DELES”.

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