sexta-feira, 17 de julho de 2009
QUAL SERÁ O LIMITE PARA AS CONCESSÕES ÉTICAS DE LULLA?
O cinismo e a prepotência são os estigmas desse governo petista que aí está! Imediatamente após Lulla ganhar a eleição de 2002, graças aquela conversa mole de que faria uma gestão diferenciada dos seus antecessores, e a crença geral de que o PT era o partido radicalmente ético, tanto o presidente quanto os petistas despiram os disfarces usados durante os anos de oposição, e aderiram às mesmas armações e maracutaias que antes condenavam tão veementemente. Lulla, por exemplo, antes tão vigilante e crítico em relação aos adversários, deixando-se seduzir pelas benesses do poder, passou a ser "cego, surdo e mudo" diante dos desmandos e corrupções engendradas por correligionários e/ou aliados, inclusive algumas maracutaias gestadas em salas contínuas a sua, no quarto andar do Palácio do Planalto. Agora, aumentando sua longa lista de concessões éticas, Lulla aceita papéis inimagináveis para alguém que um dia capitalizou as esperanças dos brasileiros, sujeitando-se a posar de "cão de guarda" de Sarney, defendendo-o contra o indefensável, e de "macaco de auditório" de Collor, elogiando despudoradamente o mesmo ex-presidente contra o qual, em 1989, clamava por impeachment. É incrível capacidade que alguns políticos têm de aceitar que a degradação do caráter seja contabilizada como um preço válido, desde que sirva para garantir a concretização de seus mesquinhos sonhos de poder.
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