sexta-feira, 14 de agosto de 2009

CRISE NO SENADO: QUAL SERÁ O LIMITE DA PACIÊNCIA DOS BRASILEIROS?

Quando alguém diz que todos os nossos políticos “são farinha do mesmo saco”, esses pulhas que chafurdam naquela fossa séptica em que foi transformado o outrora respeitável Senado do Brasil, com fingida irritação, apelam para o falacioso argumento de que sempre existem exceções em todas as regras. MENTIRA! Na atual Legislatura, seguramente uma das mais vergonhosas de toda a história republicana, nenhum dos senadores (vou repetir: NENHUM!) está real e totalmente limpo. Essa é uma regra sem exceção! É exatamente por isso que, valendo-se do fato de que todos têm, em maior ou menor grau, algum tipo de “culpa no cartório”, torna-se possível concretizar indignidades como esse espúrio “ACORDÃO” firmado entre governistas e oposicionistas, com o propósito de garantir a permanência de Sarney na presidência da Casa. A realidade é que nesse Senado que aí está, seja por ação, omissão, conivência, ou mesmo falta de compromisso público, ninguém é digno de apontar o dedo para ninguém, sob o risco de ficarem trocando acusações e/ou ofensas, tais como as que foram recentemente trocadas entre Fernando Collor e Tarso Jereissati, com um dizendo que outro tinha o dedo sujo. Que coisa mais ridícula! Como depois de toda aquela pantomima, os envolvidos acharam por bem deixar o dito pelo não dito, conclui-se que o Senado é hoje a maior casa de tolerância do Brasil, um lugar onde, nos “debates” entre sujos e mal lavados, tolera-se tudo, desde que os bate-bocas fiquem devidamente restritos à superficialidade dos fatos, como convém à segurança de todos. Até quando os brasileiros agüentarão esse estado de coisas?

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