quarta-feira, 30 de setembro de 2009
AFINAL, QUEM PLANEJOU A OPERAÇÃO DE RETORNO DE ZELAYA PARA HONDURAS?
Se confirmada a tese de que a volta de Manuel Zelaya para Honduras, da forma atabalhoada como foi feita, teria sido fruto de um plano irresponsável, que em nada contribuiu para o encaminhamento de uma solução para crise hondurenha, teremos de rever nossa opinião sobre o fato, passando a desconfiar da veracidade versão oficial, divulgada pelo governo da Venezuela. Até agora, era razoavelmente aceita como verdade que o planejamento da operação de retorno de Zelaya teria sido montado sob supervisão do caudilho Hugo Chávez, e que ao presidente Lulla, colocado a par dos fatos na última hora, restara a opção de dizer “sim senhor, patrão”, e acolher o incômodo hóspede, deixado na porta da embaixada do Brasil em Tegucigalpa. Infelizmente, na medida em que tempo passa, e fica evidente o amadorismo com que foi montado o esquema de volta de Zelaya, aumentam as suspeitas de que a “operação retorno”, ao invés de ser planejada em Caracas, teria sido fruto de algumas “animadas” reuniões ocorridas no quarto andar do Palácio do Planalto, quando alguns dos muitos aspones de Lulla, na absoluta falta do que fazer, teriam resolvido “brincar” de grandes estrategistas, e acabaram por criar toda essa trapalhada que, além de transformar a embaixada do Brasil em Honduras em uma verdadeira “casa de mãe Joana”, ninguém sabe como vai terminar. Pode até não ter nenhum aloprado petista envolvido na articulação nessa presepada, mas a desconfiança é pertinente, pois, afinal de contas, não podemos esquecer o velho ditado: “cesteiro que faz um cesto, faz um cento”.
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