sexta-feira, 18 de setembro de 2009
CONCORRÊNCIA PÚBLICA NO BRASIL NÃO É COISA PARA AMADORES
Fico impressionado com a inocência de certos países ao tentarem entabular negociações com as autoridades públicas brasileiras. Um bom exemplo está ocorrendo agora, durante as conversações para a venda dos aviões de caça que irão reequipar a Força Aérea Brasileira, quando a França, os Estados Unidos e a Suécia, tentam mostrar as vantagens de seus respectivos produtos. Diante da decisão do presidente Lulla de que o avião francês deve ser o escolhido, talvez baseado no seu “notório-saber” sobre tecnologia aeronáutica, os outros dois fornecedores apressaram-se a apresentar argumentos que acreditam poder demover o presidente do Brasil da sua extemporânea tomada de posição. O problema é que, sem conhecer os segredos das negociações públicas em “terras tupiniquins”, ficam “patinando” em argumentações sobre preço, qualidade e outros itens para os quais os compradores não estão nem aí. Vejamos o caso da Suécia, que argumenta que com o valor a ser pago por um caça francês, o Brasil poderia comprar dois caças suecos. Mal sabem eles que, em se tratando de vendas públicas no Brasil, geralmente, quanto maior o valor envolvido na transação, maiores são as chances de êxito do negócio. Não tem jeito! Ou americanos e suecos arrumam “PROFISSIONAIS” em concorrências públicas para representá-los, daqueles acostumados a manipular as “estratégias de QDM”, ou serão irremediavelmente alijados do processo de compra.
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