sábado, 26 de setembro de 2009

PERNAMBUCO: INAUGURAR HOSPITAL PÚBLICO É UMA COISA, ATIVAR É OUTRA COISA

É impressionante o cinismo e o desdém da classe política em relação aos eleitores, tratando-os como se fossem idiotas, incapazes de somar 2+2. Vejamos o caso do governador de Pernambuco, que após vencer a eleição de 2006, tendo como promessa de campanha a construção de três novos hospitais públicos na Região metropolitana do Recife, agora, às vésperas do seu último ano de mandato, está gastando fortunas em um esquema de propaganda, para divulgar a inauguração, em dezembro, de um hospital, no município do Paulista. Está tudo muito bem, está tudo muito bom, mas não custa nada lembrar que a promessa era de três hospitais. Como agora apenas um está “pretensamente” em vias de inauguração, significa que o governador Eduardo Campos (PSB), na prática, cumpriu apenas um terço da sua promessa. Por outro lado, é bom que o povo pernambucano tenha em mente que existe uma enorme diferença entre hospital inaugurado e hospital funcionado. O Recife tem um exemplo recente do quanto é difícil, e demorado, colocar um hospital em funcionamento pleno, após a entrega do prédio, pois o Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE), mesmo sendo festivamente entregue pelas autoridades, passou quase cinco anos para ser ativado, e até hoje, passados sete anos da inauguração, ainda existem setores que não conseguiram ser ativados. Aliás, Pernambuco é campeão em matéria de obras públicas festivamente inauguradas, e que estão até hoje sem condições de uso, por terem sido objeto de ações eleitoreiras, tal como ocorreu com o Parque Dona Lindu e o Túnel do Pina.

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