terça-feira, 20 de outubro de 2009

POR TER DITO QUE O SENADO ESTAVA VIRANDO ZONA, PEÇO DESCULPAS ÀS PROSTITUTAS

Há alguns dias, indignado com a palhaçada protagonizada pelo senador Eduardo Suplicy, que resolveu dar uma de artista em programa humorístico de televisão e passeou pelos corredores do Congresso Nacional vestindo uma cueca vermelha sobre a calça, sob o imbecil argumento de que queria ficar parecido com o Super-Homem, produzi um texto afirmando que o Senado estava virando zona. Peço desculpas por dois erros cometidos naquele comentário. O primeiro foi ao dizer que o Senado estava virando zona, pois a realidade é que ele já virou zona a um bom tempo, conforme comprovam muitos e seqüenciais episódios vergonhosos que têm vindo à tona, envolvendo alguns dos nossos ex-respeitáveis senadores. O segundo engano foi afirmar que o senador Suplicy, com sua ridícula performance teatral, estaria quebrando o decoro parlamentar. Que ingenuidade! Afinal, nessas fossas sépticas em que os políticos transformaram as casas legislativas de país, é impossível querer que alguém possa manter-se minimamente limpo. Naquele ambiente podre, por melhor que sejam as intenções do neófito na vida parlamentar, ele só tem três opções: 1) Adere à safadeza e se locupleta do cargo, transformando-o em meio de vida; 2) Faz-se de “leso”, e sustenta como verdadeira a falácia de que continua sendo políticos sérios, embora omissos diante das patifarias que testemunham e não denunciam, pelo menos com a freqüência e veemência devida; 3) Pede pra sair, tão logo percebe que, assim como não existe prostituta virgem, acabará por se corromper, dando status de normalidade à bandalheira que reina no seu ambiente de trabalho.

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