terça-feira, 10 de novembro de 2009

CRISE DO MINIVESTIDO NA UNIBAN: TEMPESTADE EM COPO D'ÁGUA...

Diante de todo esse ridículo episódio envolvendo uma aluna da UNIBAN (Universidade Bandeirante de São Paulo), humilhada por alguns colegas, sob o olhar complacente de professores e seguranças da instituição, apenas por ter tido a “audácia” de ir campus com um vestido curtinho, só vem comprovar a hipocrisia em que vive a sociedade brasileira. Em um país onde os atributos físicos de suas mulheres são decantados como se fosse artigo de exportação, podendo ser apreciado em qualquer rua, de qualquer cidade, a qualquer hora do dia, e onde o turismo sexual é cinicamente tolerado, é incompreensível que em uma comunidade acadêmica, o uso de um minivestido, que nem tão mini era, causasse tanto alvoroço. Se a simples visão de uma jovem com parte das pernas de fora causou tanto furor nos pudicos alunos da UNIBAN, fico a imaginar o que acontece com essa alegre rapaziada quando eventualmente assistem as telenovelas que poluem nossas emissoras de TV, nas quais o enredo invariavelmente gira em torno de sexo promíscuo, traições entre casais e banalização dos vícios. Por outro lado, ao ver alguns representantes a tal UNIBAN dando justificativas quanto à decisão de expulsar a jovem, usando e abusando do direito de “falar abobrinha”, ficou evidente que a insana reação do alunado durante o lamentável episódio, nada mais foi do que a conseqüência lógica da indigência da instituição que tiveram a má sorte de freqüentar. Isso é que dá viver em um país onde, em termos educacionais, valoriza-se muito mais a quantidade de instituições abertas, do que a qualidade da formação que possam oferecer aos estudantes que nelas confiam.

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