sábado, 5 de dezembro de 2009
ATENÇÃO: FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA NÃO É "PANACÉIA"
É muito cinismo desses políticos brasileiros, inclusive o presidente Lulla, quando insistem nessa embromação de que a Reforma Eleitoral será capaz de moralizar a atividade política no Brasil. Afinal, o problema não falta de regras, mas sim o despudorado descumprimento das regras existentes. Com a Reforma Eleitoral, e o advento do financiamento público de campanha, a esculhambação e a patifaria continuarão as mesmas, pois nossos políticos, apesar de receber verbas públicas para garantir o custeio de suas campanhas, não deixarão de, por baixo dos panos, continuarem recebendo doações irregulares, normalmente obtidas através dos caixas 2 das empresas públicas e privadas. Enquanto não mudarmos o perfil dos políticos, a política brasileira continuará sendo essa fossa séptica em que se transformou. O financiamento público de campanha, maldosamente apresentado por alguns como a panacéia que trará moralização à atividade eleitoral, não passa de mais uma Lei para ser burlada pelos políticos, tal como acontece com as que atuais. Vejamos o caso da última eleição para vereador no Recife, quando alguns dos vereadores apresentaram prestações de contas absolutamente “fajutas”. Um exemplo clássico é o de um ex-integrante do Executivo Municipal, louvado pela mídia como “político sério”, que entregou à Justiça Eleitoral uma planilha de custos de cerca de cem mil reais, quando, pela campanha que protagonizou, qualquer cidadão minimamente lúcido sabe que esse valor não dá para cobrir sequer uma pequena parcela do que ”investiu” para garantir o mandato. A Lei pode mudar, mas a canalhice será a mesma!
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