A briga interna no PT pernambucano não tem nada a ver com preceitos ideológicos, mas sim com o conflito de ambições entre o ex-ministro Humberto Costa e o ex-prefeito João Paulo. Todo esse “imbróglio” teve início quando João Paulo assumiu a Prefeitura do Recife, em 2000, após ganhar uma disputa na qual havia entrado para ser um mero "candidato olímpico", aproveitando que, como era deputado estadual, não tinha nada a perder, pois não sendo eleito, simplesmente continuaria exercendo seu mandato na Assembléia Legislativa. Naquela eleição, o representante natural do PT seria Humberto Costa, que com medo de perder mais uma eleição seguida, “abriu da parada” e permitiu que João Paulo fosse o candidato da legenda Deu zebra! Os favoritos na disputa, Roberto Magalhães (PSDB) e Carlos Wilson (PTB), desandaram a fazer besteiras e entregaram de bandeja a eleição para João Paulo. Daí em diante, Humberto Costa, sem mandato e com medo de perder o comando estadual do PT, passou a fazer uma “marcação cerrada” sobre João Paulo, tentando frear seu crescimento no partido. Hoje, a “briga” é motivada exclusivamente pelos conflitantes interesses de cada um deles em relação a formação da chapa majoritária em 2010. O fato é que enquanto João Paulo quer ser candidato ao Senado, Humberto quer ser o vice de Eduardo Campos, e ambos sabem que não há espaço para as duas candidaturas do PT. Deu para entender o espírito da coisa?
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