Diante da notícia de que alguns juízes de Mato Grosso teriam sido “exemplarmente punidos” pelo Conselho Nacional de Justiça, com aposentadorias compulsórias, no valor máximo permitido pela Lei, em decorrência de envolvimento com práticas de corrupção, muitos brasileiros ficaram indignados, por não entenderem como é que alguns “cabras safados”, responsáveis pela aplicação das Leis, ao serem flagrados em práticas desonestas, ao invés de irem para a cadeia, como qualquer ladrão, ganharam de presente aposentadorias milionárias, tornando-se novos “Marajás da República”. Calma, minha gente! Talvez, o que o CNJ considere punição para esses “sacripantas” é o fato de perderem a “boquinha”, sendo afastados de cargos nos quais tinham possibilidades de, através de todo tipo de mil e uma maracutaias, amealharem fortunas, tanto para eles próprios, como para seus parentes e apaniguados. Deu para entender o “espírito da coisa”? O problema é que quando isso acontece, e o Estado tenta fazer pose de “vigilante da ética”, na verdade está simplesmente abrindo caminho para novas nomeações para postos altamente ambicionados, até porque, não existe a mínima garantia de que a nomeação dos novos juízes, para preencher as vagas abertas com a tal punição (?), não seja mais do que uma simples troca de “seis por meia dúzia”. Saudade do tempo em que “mocinho era mocinho e bandido era bandido”, pois agora, pelo menos ao que parece, estão ”juntos e misturados”.
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