Que saudades do tempo em que os órgãos de imprensa (jornais, revistas, rádios e TV's), invariavelmente dirigidas por jornalistas, faziam da difusão da notícia a sua razão de existir. Naquela época, apesar dos compromissos administrativos, a imprensa, fosse qual fosse a sua linha editorial, não abria mão do dever de manter seu público bem informado. Hoje, quando os órgãos de informações passaram a ser domínios de políticos, donos de igrejas e outros ”mega-investidores”, os jornalistas perderam a liberdade de expressão, tornando-se "escravos" das posturas eleitorais, religiosas ou econômicas dos "patrões". Acabou-se o tempo em que jornalistas tinham direito a ter seus próprios pontos de vista. Hoje eles escrevem e falam apenas sobre o que "seu dono" julga necessário ser escrito e falado, pois sabem que serão sumariamente demitidos tão logo tenham a ousadia de desagradar o proprietário da empresa em que trabalham. Esse negócio de compromisso com a notícia e com o público, é coisa do passado. Para exemplificar, vejamos ao que atualmente acontece em relação à cobertura das Olimpíadas de Inverno, em Vancouver, no Canadá. Como a Rede Record comprou o direito exclusivo de transmissão do evento, a Rede Globo simplesmente ignora que as Olimpíadas de Inverno estejam acontecendo. Nem mesmo a morte de um atleta, durante um treino, fato de óbvia repercussão mundial, não foi sequer citado em nenhum dos telejornais da Rede Globo.
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