É preocupante o rumo que estão tomando as investigações da polícia civil de Pernambuco, visando desvendar o assassinato da turista alemã, Jennifer Kokler, morta enquanto passava o carnaval no Recife. Trabalhando sob pressão, diante da possibilidade que o fato possa acarretar prejuízos para o “trade turístico”, temo que a polícia “enfie os pés pelas mãos”, sendo tão precipitada quanto foi recentemente, por ocasião da misteriosa morte do boxeador canadense Arturo Gatti, duas campeão mundial, ocorrida em um flat na praia de Porto de Galinhas. Naquela oportunidade, tal como está fazendo agora, o polícia não hesitou em “jogar na cadeia”, como suspeita de assassinato, a esposa da vítima, Amanda Rodrigues, que ficou presa até que, através de inúmeros dados periciais, ficasse provado que o lutador havia praticado o suicídio, e que nossa polícia. Agora, diante desse crime envolvendo uma turista alemã, na ânsia de dar uma solução rápida para um caso que tomou dimensão internacional, novamente a polícia pernambucana age de forma açodada, prendendo como suspeitos, baseando-se em frágeis suposições, o marido e o sogro da vítima. Espera-se que dessa vez, até mesmo para não ficar novamente exposta ao ridículo, nossa polícia, que parece trabalhar mais com a intuição do que a razão, não venha a "dar com os burros n'água", acarretando um novo processo contra o Estado de Pernambuco, a exemplo do que está sendo movido pela viúva de Gatti.
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