Essa tese defendida por alguns políticos, alegando que o Financiamento Público de Campanha viria acabar com os esquemas doações ilegais nas campanhas eleitorais, não passa de uma falácia. Em primeiro lugar, mesmo o Financiamento Público de Campanha seja instituído, o dinheiro do caixa 2 das empresas continuará “jorrando”, para ajudar na formação das bancadas de lobistas. Por outro lado, é sabido que empresário nenhum dá dinheiro para campanha eleitoral, pois na tudo que disponibiliza para os candidatos são “contabilizados” como investimentos, os quais os eleitos sob suas expensas se encarregarão de, ao defenderem os interesses do “patrão”, garantir o ressarcimento de tudo que foi empregado, com juros e correções. Na verdade, a moralização do processo eleitoral não interessa aos políticos. Eles fazem jogo de cena, mas deixam que as coisas fiquem exatamente como estão. Vejamos o caso dessa indecência que são os milhares de cargos comissionados e cargos de gabinete espalhados pelo Brasil, todos nomeados sem concurso público. É público e notório que a maioria desses cargos são funcionalmente dispensáveis, mas existem, e estão aumentando, tanto para dar empregos aos cabos eleitorais, recompensando-os pelo trabalho executado durante as campanhas, quanto para garantir o controle sobre eles, até o próximo pleito. Isso sem falar nas reiteradas denuncias de que os funcionários de cargos comissionados e cargos de gabinetes sofreriam descontos indevidos em seus salários, para formar um “caixa” que possa ser usado nos projetos eleitorais dos chamados “donos dos cargos”. Ê, Brasil!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário