Assisti ontem, nos telejornais, a repercussão do “bate-boca” ocorrido na Câmara dos Deputados, durante a seção plenária, entre os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Brizola Neto (PDT-RJ). Segundo as imagens, o entrevero, que mais parecia discussão de bêbados em mesa de bar, teria sido ocasionado por uma referência feita por Bolsonaro a respeito de um dos mais nebulosos episódios da vida pública do ex-governador Leonel Brizola, qual seja o seu afastamento de Fidel Castro, ainda na década de 70, por conta de uma remessa de dinheiro feita pelo ditador cubano para que Brizola, então exilado no Uruguai, para que financiasse a organização um grupo guerrilheiro que voltasse ao Brasil, para combater os militares que tinham tomado o poder em 1964, assim como ajudar guerrilheiros presos e seus familiares. O fato é que esse dinheiro, na época conhecido como “ouro de Moscou”, simplesmente desapareceu, sabe-se lá por quais “descaminhos”, fazendo surgir à versão de que Fidel Castro, indignado com o fato, teria desabafado com outros brasileiros: “Digan a su jefe lo que yo pienso que ele es un ratoncito”. Sem entrar no mérito do que teria acontecido com o tal “ouro de Moscou”, até porque esse não foi o único episódio em que verbas vindas do exterior, ou mesmo dinheiro subtraído de bancos brasileiros, através de assaltos, para financiar a guerrilha, desapareceu, como num passe de mágica, sem cumprir com o seu objetivo, prendo-me ao ridículo da cena protagonizada no Congresso, onde dois deputados, sem ética nem compostura, contribuíram para aumentar ainda mais o descrédito dos brasileiros em relação ao Poder Legislativo.
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