É notória a falta de compromisso de alguns políticos em relação às causas partidárias, ideológicas, cívicas e sociais. Na realidade, embora adorem afirmar que são “homens públicos”, no mais das vezes fazem da atividade política, e principalmente do mandato outorgado pelo povo, um mero instrumento de satisfação de mesquinhos interesses particulares. Vejamos o exemplo que nos está sendo oferecido pelo senador Sérgio Guerra, do PSDB-PE, que tão logo soube que seu nome estava sendo ventilado para compor a chapa majoritária da oposição, no pleito estadual de 2010, como vice do peemedebista Jarbas Vasconcelos, apressou-se em desmentir a notícia, não admitindo sequer discutir a conjuntura que seria formada a partir dessa nova composição. A verdade é que, pelo menos até o dia da eleição, todas as atenções de Sérgio Guerra estarão voltadas para construir uma fórmula que possa garantir sua permanência em Brasília, durante a próxima legislatura. Se não puder renovar seu mandato de senador, tarefa que a cada dia torna-se mais difícil, seguramente vai investir na “aquisição” de um mandato de deputado federal, empreitada que julga ser mais viável, desde que consiga manter o apoio eleitoral dos “seus prefeitos” (Será que, em termos políticos, voltamos ao tempo da escravidão?). Como sabe que para manter esses apoios é condição “sine qua non” que não entre em rota de colisão com o governador Eduardo Campos, com quem “divide a lealdade” desses prefeitos, Sérgio Guerra vai explorar exaustivamente aquela manjada tática política de “dar uma no prego, outra na ferradura”. Enfim, quem nunca viu um “tucano” em cima do muro?
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