Em princípio, todo movimento grevista, independente de ser justo ou não, é um ato de covardia explícita, na medida em que instrumentaliza a capacidade de prejudicar os mais fracos, como forma de sensibilizar e atrair a atenção dos poderosos. Algo assim como criar constrangimentos e dificuldades para uma criança, na ânsia de chamar a atenção do pai. Vejamos o exemplo desse movimento grevista que atualmente está instalado no Instituto de Medicina Legal de Pernambuco, onde os médicos, na luta por alguns "direitos" que julgam estarem sendo sonegados pelo governador Eduardo Campos, resolveram implantar uma operação-padrão, que, segundo explicado pelo porta-voz dos grevistas, significa que todas as autópsias deverão ser feitas de acordo com os procedimentos estipulados pelo protocolo que regulamenta a atividade, ocasionando um significativo atraso na liberação dos corpos. Diante dessa pérola de cinismo e pouco caso, questiona-se: 1) O fato de "agora" as autópsias estarem sendo feitas de acordo com o protocolo, significaria que os procedimentos anteriormente realizados no IML de Pernambuco, eram feitos "nas coxas", sem obediência ao protocolo que regulamenta a atividade? 2) Até quando os legistas de Pernambuco, por não terem coragem de "peitar" o Governador Eduardo Campos, ou mesmo o secretário de Defesa Social, vão continuar "massacrando" os familiares dos mortos que são encaminhados ao IML, forçando-os a ficar "mendigando" pela liberação dos corpos dos seus entes queridos. Enfim, é assim que funciona esse Brasilzinho velho de guerra, onde, "na hora do pega pra capar", o povo sempre paga a conta!
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