Quando digo que a política brasileira foi transformada em uma fossa séptica, alguns cínicos reagem com fingida indignação, invariavelmente apelando para o princípio de que na política, tal como em toda e qualquer atividade, existiriam os bons e os maus. Estão errados! Na política eleitoral, até mesmo por uma questão de "seleção natural", só permanecem aqueles que têm capacidade de aderir às safadezas ou, pelo menos, conviver com os safados, omitindo-se quanto a obrigação de denunciar as armações e maracutaias à sociedade e/ou à Justiça. No mais das vezes são omissos por covardia ou conivência, pois mesmo entre ditos honestos, a maioria tem algum tipo de rabo preso, seja por irregularidades cometidas nas campanhas, seja pela utilização de mordomias das quais dizem discordar, seja pela prática de nepotismo e uso de tráfico de influência etc. Na realidade, pensando em termos eleitorais, todos eles evitam maiores arestas, pois sabem que o adversário de hoje poderá ser o aliado de amanhã, desde que seus interesses particulares passem a ser convergentes. Vejamos um exemplo atual, que está acontecendo em Alagoas, onde o ex-presidente Collor, que foi escorraçado do Palácio do Planalto pelo PT, saindo com fama de desonesto, hoje conta com o irrestrito apoio do mesmo PT na disputa para governador, conforme está especificado em seu jingle de campanha, baseado no seguinte mote: "É Lula apoiando Collor, é Collor apoiando Dilma - É Lula apoiando Dilma, é Dilma apoiando Collor - E os três para o bem da gente...". Não acredita? Veja você mesmo! Abra o link abaixo:
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