sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

CARNAVAL MULTICULTURAL DO RECIFE: "CONVERSA MOLE PRA BOI DORMIR"


Essa embromação chamada de "Carnaval Multicultural", criada pela prefeitura petista do Recife, desde a gestão capitaneada pelo ex-prefeito João Paulo, e seguida pela gestão do prefeito João da Costa, não passa de um cínico artifício para "escantear" os artistas pernambucanos, dando oportunidade para que artistas de outras regiões, que nessa época ficam sem mercado de trabalho em seus estados de origem, possam ser contratados. A verdade é que com essa artimanha de "Carnaval Multicultural", a Prefeitura do Recife vem se tornando o paraíso dos músicos baianos e/ou estabelecidos no eixo Rio/São Paulo, em detrimento dos artistas da terra, responsáveis pela preservação do frevo, o ritmo típico do carnaval pernambucano. Vendo a programação carnavalesca estabelecida pela Prefeitura do Recife, constata-se que foram contratados, para serem os destaques do "período momesco", um "monte" de artistas descompromissados com nossa cultura, a exemplo de Ivete Sangalo, Claudia Leite, Chiclete com Banana, Monobloco, Loucomotivos, Fafá de Belém Eduardo Dusek e Jorge Ben Jor, além de alguns artista locais dissociados de carnaval, tal como um "magote" de bandas de música brega e /ou de "forró safado", a maioria das quais desconhecidas do grande público, e quem sabe até mesmo criadas para aproveitar as "boquinhas" surgidas durante o carnaval recifense. Enquanto isso a pergunta que não quer calar é: cadê Claudionor Germano, Getúlio Cavalcanti, Coral do Bloco da Saudade e os maestros Spok e Frevo, entre outros baluartes dos tradicionais ritmos da folia pernambucana?

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