Remanescente de uma geração que fazia militância política movida por sentimentos cívicos e ideológicos, fico enojado quando vejo a vil atuação de alguns desse "modernos militantes", que na verdade fazem da atividade um mero meio de vida, deixando-se "bancar" por legendas partidárias, seja através do pura e simples recebimento de uma "mesada", ou mesmo concordando ser alocado, obviamente sem o compromisso de cumprir horário, na folha de pagamento de gabinetes de parlamentares e/ou de prefeituras cujos gestores tenham sido eleitos pelo partido para os quais "trabalham". Isso é uma vergonha! Na realidade, a grande maioria dos jovens que atualmente fazem militância política, são "profissionais" regiamente recompensados pelos "serviços prestados", transformando uma atividade que antes era uma fruto de dedicação cívica e ideológica, em um "emprego informal", ao se contentar com uma posição análoga aquela ocupada por qualquer um desses indefectíveis "cabos eleitorais", verdadeiros "mercenários da Democracia". A principal diferença entre os antigos e os atuais militantes políticos, é que enquanto antes a militância era feita em função de preceitos ideológicos, transformando o militante em instrumento de uma causa, hoje em dia, nesse Brasil Tiririca, dominado pelo falacioso conceito de que os fins justificam os meios, a militância política passou a ser única e exclusivamente regida por interesses partidários, com os atuais militantes, agindo como reles "paus mandados", priorizando, sem qualquer pudor, o atendimento dos interesses eleitoreiros dos tais "donos de partidos".
Nenhum comentário:
Postar um comentário