sábado, 27 de agosto de 2011
NA PRÁTICA, LOTEAMENTO DE MINISTÉRIOS E ESTATAIS NÃO DEIXA DE SER UMA FORMA DE "MENSALÃO"
Depois que a petralhada tomou conta da política brasileira, jogando na lata do lixo o pouco de decência que ainda restava no Executivo e Legislativo desse Brasil Tiririca, passamos a viver dias em que a corrupção passou a ser contumaz componente de "acertos" políticos, chegando ao ponto de transformar, de forma explícita, a nomeação de ministros, mesmo para áreas eminentemente técnicas, em moeda de troca para "adquirir" apoio de partidos políticos. Na verdade, essa prática de "lotear" ministérios, entregando-os, no mais das vezes em "regime de porteira fechada", para partidos da base aliada, nada mais é do que uma nova modalidade política tão indecente quanto era aquela que ficou conhecida como o "Escândalo do Mensalão". A diferença entre os esquemas antigo e atual, ambos usados com propósito de garantir maioria parlamentar para os projetos governistas, é que antes alguns deputados eram compradas no varejo, com negociações, e pagamentos, feitos de forma individual, enquanto que agora, nesse esquema de "rateio de ministérios", a compra é feita no atacado, entabulando-se a negociação com os donos de cada partido, responsabilizando-os para que, através da partilha dos cargos com os "seus" deputados, garantam os votos da "sua" bancada aos projetos governistas. Ou seja, mudaram a "fórmula", mas a essência continua igualmente descompromissada com princípios de ética e/ou moral na vida pública, mantendo-se, na prática, o mesmo indecente esquema de garantir apoio parlamentar através do "toma lá, dá cá". Alguma dúvida?
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