Em algumas regiões nordestinas, quando alguém quer dizer que o sofrimento pelo qual um sujeito está passando é absolutamente merecido, usa-se a expressão: "pra corno, todo castigo é pouco". Pois bem, lendo o blog do jornalista Ricardo Noblat, na sua edição do dia 29 de setembro, tive o desprazer de ver estampada, como "frase do dia", uma declaração do deputado Paulo Maluf, que imediatamente fez com que, pensando nos incautos e resilientes brasileiros, recordasse-me imediatamente a tal expressão.
Pasmem os senhores, mas o deputado Paulo Maluf, referindo-se ao modo como o Brasil deve proceder para viabilizar os recursos necessários para o financiamento da Saúde Pública, saiu-se com a seguinte pérola: "É só acabar com a bandalheira". Não fosse o constrangimento de ver um sujeito useiro e vezeiro em envolvimentos com escândalos de malversações de recursos públicos dando uma de conselheiro ético, a situação seria totalmente risível. Afinal, ver Paulo Maluf dando lição de ética aos governantes desse Brasil Tiririca, é tão "estranho" quanto seria ver uma prostituta dando "aula de comportamento sexual" em um colégio de freiras.
Pegando o gancho da situação, quem sabe não seria hora da presidente Dilma, que já prestigia tão abertamente algumas outras "figurinhas carimbadas" dessa esculhambada política brasileira, a exemplo de Zé Sarney, Fernando Collor, Zé Dirceu, Lulla e outros tantos, dar uma chance ao indefectível Paulo Maluf, nomeando-o, por exemplo, para um novíssimo "Ministério da Faxina Governamental".
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