sexta-feira, 18 de novembro de 2011
QUEM É PIOR PARA A DEMOCRACIA: O ANALFABETO ALIENADO OU O ALFABETIZADO RESILIENTE?
A manchete de capa veiculada hoje (17/11) em um dos jornais de maior circulação em Pernambuco, abordando o "cancro" do analfabetismo, é direta: "EM CADA CINCO PESSOAS, UMA NÃO CONSEGUE LER ESTE JORNAL".
A situação fica ainda pior ao considerarmos que, mesmo na parcela da população dita alfabetizada, a maioria, prendendo-se aos mais ridículos subterfúgios, tal como a falta de tempo, simplesmente abriu mão do hábito da leitura dos jornais "diários", enquanto outros, por serem "analfabetos funcionais", são incapazes de entender o que está escrito.
Como comprovação, relembro uma experiência vivida no início da década passada, época em que, em busca de uma atividade para exercer após a aposentadoria, voltei aos bancos universitários. Na ocasião, tive uma enorme decepção, pois esperando reencontrar o espírito acadêmico que havia vivido na década de 1970, quando havia concluído meu primeiro curso universitário, deparei-me com um cotidiano de absoluto desinteresse, protagonizado, salvo raríssimas e honrosas exceções, por alunos semialfabetizados e professores desinteressados.
Uma situação tornou-se emblemática em relação aquela realidade, pois era comum que professores, tentando discutir algum tema repercutido na impressa local, perguntassem, logo no início de uma aula, quem havia lido o jornal do dia, tendo como invariável resposta a cínica negativa da imensa maioria da classe, mesmo tratando-se de alunos que faziam o curso de JORNALISMO.
Por essas e por outras, viramos um Brasil Tiririca...
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