Na verdade, quando afastou o ministro Orlando Silva do Ministério do Esporte, e nomeou para o seu lugar o deputado Aldo Rebelo, um dos quadros mais experientes quadros do PCdoB, dona Dilma Rousseff, ao contrário do que parecia evidente no primeiro momento, não estava simplesmente "trocando seis por meia dúzia", pois ao defenestrar uma "raposinha nova", substituindo-a por uma "raposa velha", seria mais pertinente afirmar que ela estava "trocando seis por uma dúzia".
Basta uma análise mais apurada da movimentação de peças feita pela presidente na chefia do Ministério do Esporte, para ficar evidenciado que a escolha de Aldo Rebelo, uma das "estrelas" da legenda comunista, significa a opção por alguém que reúne condições, principalmente por conta do enorme "trânsito" que desfruta no Congresso, de organizar uma "operação abafa", visando tirar de cena o "Mensalão do PCdoB”.
Afinal, apoiar-se na experiência de um deputado federal que está no exercício do quinto mandato consecutivo, que já foi ministro de Relações Institucionais (2004 - 2005), além de presidente da Câmara (2005 - 2007), talvez seja uma das únicas formas de acalmar as pressões que continuarão sendo exercidas pela mídia, cobrando esclarecimentos sobre o "Mensalão do PCdoB", e que podem criar um cenário que inviabilize aos comunistas as mínimas condições para continuar usufruindo do "feudo" que dominam desde 2003, quando o Ministério do Esporte foi "inventado" e entregue, "de mão beijada", aos "desportistas vermelhos".
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