Hoje a tarde, quando fui visitar um amigo internado no Real Hospital Português do Recife, e tive o desprazer de encontrá-lo submetido, além dos desconfortos naturais do mal que o aflige, ao constrangimento de estar sem água no seu apartamento desde a noite de ontem.
Procurei informações junto ao corpo de enfermagem e fui informado, sem maiores detalhes, que a diretoria estaria tentando resolver o problema, ao mesmo tempo em que avaliava a necessidade de recorrer a compra de água através de carros pipas (será que o assunto é de tão difícil avaliação?).
Se no Real Hospital Português do Recife, decantado como um dos mais “luxuosos” hospitais de Pernambuco os doentes ficam a mercê desse tipo de mal tratamento administrativo, imagine-se o que acontece com os pobres coitados que dependem do atendimento dos sucateados hospitais públicos disponibilizados na capital pernambucana.
Acabo de chegar hoje do Hospital Portugues… Na verdade, do Hospital Esperança, onde fui realmente atendida, examinada, diagnosticada, medicada e liberada em apenas 43 minutos!
ResponderExcluirCheguei no Hospital Português às 23:30. Ao chegar, já me deparei com a sala de recepção completamente vazia. Só chegou UMA atendente assim que eu solicitei a senha na máquina para atendimento normal.
Como já tinha cadastro no hospital, o atendimento saiu rápido e em torno de 20 minutos fui para sala de triagem, onde expliquei meu problema e recebi uma pulseirinha verde de atendimento, e fui informada que era apenas aguardar a chamada para ser atendida.Perguntei quantas pessoas haviam na frente e a enfermeira me disse que eu fui encaminhada para o clínico e que haviam 4 pessoas aguardando atendimento, mas que eram 2 médicos.
Ora… 1 hora depois, eu e meu pai esperando, fui procurar entender o porquê da demora. Cheguei na recepção e mais uma vez não havia ninguém. Ao chegar a mesma atendente após 5 minutos que esperei, ela me disse que haviam 2 médicos, mas que chegaram 2 casos urgentes e eles estavam ocupados.
Depois de mais 20 minutos, fui à recepção novamente e tinham 2 atendentes conversando, atrapalhei a conversa deles e perguntei sobre os médicos de novo. O outro rapaz informou que o caso era o urgente e que os 2 médicos estavam ocupados nele. Perguntei se havia previsão e eles disseram que nenhuma.
Puxa vida!! Entendo que essas coisas possam acontecer, que são acontecimentos imprevistos… Mas não dava pra deixar nenhum outro médio de sobreaviso já para esses casos especiais?? Entendo que a vida em urgência em primeiro lugar, mas e os outros pacientes esperando? Eu nao cobrei nem atendimento, mas pelo menos retratação, aviso de que vai demorar, de que nao tem previsao de atendimento, de que talvez seja melhor procurar um outro hospital por causa dessa fatalidade em que os 2 unicos medicos clinicos no plantão estão trabalhando num caso grave de urgencia! Não… ao inves disso eu recebi um: “Senhora, não podemos fazer nada, A senhora terá que aguardar.”. Irritada, pedi de volta meus papeis para cancelamento de atendimento do plano de saude. E pedi uma declaração de que passei 2horas lá e nao pude receber atendimento pois não havia medico disponivel no plantão. Não me deram a declaração de forma alguma.
Como estava doente, sai e fui de taxi para o hospital Esperança. Chegando lá, tinham 2 recepcionistas. Fiz meu cadastro. E o tempo de ser chamada, foi só o tempo de ver chegar logo após de mim, uma outra mulher com sua mãe, que também estavam no Real Hospital Portugues e desistiram de esperar. Logo depois, fui atendida pela medica, que passou um exame, me colocou no soro, saiu o resultado do exame, me diagnosticou, me medicou e me liberou… Isso em 45 minutos!!!
Pois é… o Real Hospital Português quer passar a impressão que presta serviços de Princeton. Mas na verdade não tem o diagnóstico do Dr. House, e ainda lhe oferece o atendimento do Hospital da Restauração.