Durante a visita do CQC na Câmara Municipal do Recife, para fazer uma matéria sobre o indecente aumento salarial de 62%, com o qual os vereadores recifenses se presentearam, ocorreram alguns dos episódios mais ridículos da história política de Pernambuco.
Para começo de conversa, os vereadores recifenses, como não tinham nada de digno para falar sobre o assunto, invariavelmente tergiversavam para “aquelas abobrinhas politiqueiras de sempre, tipo o argumento de que estariam agindo dentro da Lei, como se qualquer idiota não soubesse que uma Lei que é injusta, quando sob a análise de alguém decente, tem de ser mudada (se não fosse assim, por exemplo, até hoje estaríamos com a escravidão negra em vigor, pois ter escravos no Brasil, em determinada época, era algo absolutamente dentro da Lei).
Pior do que as respostas irônicas e “safadozas” de alguns cínicos vereadores, foi a “fuga” desesperada de um deles, correndo pelas ruas do Recife enquanto era perseguido pelo repórter do CQC, em uma cena análoga a de um batedor de carteira que foge da turba, aos gritos de pega ladrão.
A pergunta que não quer calar é: SERÁ QUE PROTAGONISTAS DE ATOS TÃO DEPRIMENTES, TODOS PLENAMENTE DOCUMENTADOS, NÃO PODERIAM SER ALVOS DE PROCESSOS POR “QUEBRA DE DECORO PARLAMENTAR”? (Isso, é claro, se na Câmara Municipal do Recife o conceito de decoro ainda não estiver extinto).
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