O lógico em política, se é que em política existe lógica, é a manutenção do vice, sempre que o titular do cargo eletivo tenta a reeleição. Essa situação só não ocorre em situações especialíssimas, tal como a descoberta que o vice é um "traíra", daqueles que torce pela desgraça física, política e/ou moral do titular, para poder assumir seu lugar, ou mesmo que o próprio vice tenha se envolvido em maracutaias e armações que possam desestabilizar a situação eleitoral da chapa. Regra geral, a chapa é automaticamente mantida, principalmente quando as perspectivas de vitória são evidentes, diante de um quadro eleitoral favorável. Por tudo isso, a incompreensível postura do governador de Pernambuco em retardar a composição da sua chapa para a campanha à reeleição, coloca automaticamente na berlinda a figura do seu atual vice, o caruaruense João Lyra. Qual será o motivo de tantas dúvidas de Eduardo Campos em relação ao anúncio da sua chapa para a próxima eleição. O fato é que o simples fato de Eduardo Campos fazer mistérios quando ao ocupante da vaga de vice-governador de Pernambuco, na chapa governista de 2010, já permite que seja levantada a premissa de que João Lyra não é o nome de sua preferência, e que só será mantido na base do "só tem tú, vai tú mesmo. Afinal, o que terá feito o atual vice-governador de Pernambuco para ser colocado em situação tão vexatória diante do eleitorado pernambucano? O que estará por detrás dessa relutância do governador Eduardo Campos quanto a manutenção da chapa com a qual disputou a eleição de 1986: "traíragem", incompetência ou desonestidade?
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