segunda-feira, 28 de março de 2011

SE NÃO DÁ PARA ACREDITAR NOS QUE DISTRIBUEM JUSTIÇA, VAMOS ACREDITAR EM QUEM?


Felizes eram os tempos em os limites entre "mocinhos e bandidos" eram claramente estabelecidos. Hoje em dia, quando a esperteza passou a ser mais valorizada que a sabedoria, e o cínico conceito de que os fins justificam os meios passou a ter peso de verdade absoluta, vivemos um período de total balburdia ética, no qual até mesmo entre aqueles que são os encarregados pela "distribuição da Justiça", rotineiramente somos surpreendidos com a presença de alguns verdadeiros facínoras, que se escondem sob vistosas togas. Vejamos esse episódio em que a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, "escancarou" os empréstimos fraudulentos feitos através de uma associação de juízes federais. Investigações comprovaram que entre os anos de 2000 a 2009, a AJUFER (Associação dos Juízes Federais da 1ª Região) teria assinado 810 contratos de empréstimos com a Fundação Habitacional do Exército, sendo que em pelo menos 700 deles foram comprovadas existência de artifícios ilegais, entre as quais a concretização de vultosos empréstimos em nome de "associados fantasmas", assim como a retirada de dinheiro em nome de juízes que desconheciam ter feito qualquer tipo de empréstimo. Em suma uma esculhambação geral, daquelas que antes só eram vistas em "arapucas" montadas por "escroques profissionais", mas que agora, nestes tempos de "canalhice glamourizada, podem ser encontradas até mesmo em uma associação formada por "pomposos magistrados". É por essas e por outras que, dia a dia, deteriora-se a confiança dos brasileiros na Justiça.

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