"QUEM NÃO LUTA PELOS SEUS DIREITOS, NÃO É DIGNO DELES." (Rui Barbosa)



sábado, 31 de agosto de 2002

PAÍS DE PRIMEIRO MUNDO

Os órgãos de inteligência do governo dos Estados Unidos são realmente imbatíveis em termos de criatividade e tecnologia. Agora mesmo, conforme reportagem veiculada pelo jornal Diário de Pernambuco, na página A9 da edição do dia 21/08/02, sob o título "Americanos dão ultimato a Bin Laden", a CIA simplesmente resolveu que se o terrorista mais procurado do planeta não aparecer até o dia 11 de setembro será considerado "morto". Tal iniciativa serve para instituir a nível mundial algo quer poderia ser denominada de "sentença virtual". Quem sabe esta surrealista estratégia não poderia ser implantada pela justiça brasileira como forma de resolver algumas pendências que insistem em trazer embaraços para nossa imagem de país sério. Essa moderníssima metodologia de trabalho poderia ser aplicada no caso do banqueiro Salvatore Cacciola, quando seria decidido que se ele não voltasse ao Brasil para se entregar, seria considerado "preso". Poderíamos também resolver o problema causado pelo traficante Fernandinho Beira Mar, pois se ele, mesmo estando em uma cadeia de segurança máxima, insistir em continuar comandando o crime organizado através do uso de telefones celulares, será irremediavelmente considerado "surdo". Quanto ao juiz Lalau, caso não devolva o dinheiro roubado, será considerado "pobre". Isso é o que eu chamo de progresso!!!

sexta-feira, 30 de agosto de 2002

PIOR A EMENDA DO QUE O SONETO!




Em nota publicada na coluna "Diário Político", na página A4 do jornal Diário de Pernambuco, edição de hoje (30/08/02), , o deputado José Queiroz dá a justificativa de que o "santinho" no qual ele omite a indicação do candidato a governador do seu partido teria sido um "presente" do Senador Carlos Wilson, mas que em TODO o seu material publicitário ele cita Ilo Jorge, Carlos Wilson e Ciro Gomes.
No afã de justificar o injustificável o deputado José Queiroz, além de "dedurar" o senador Carlos Wilson, utiliza a mais irresponsável e incompetente das argumentações: A FALÁCIA.
Veja abaixo modelo de um outro "santinho" que está sendo distribuído pelo deputado José Queiroz, no qual mais uma vez, quando ensina o eleitor a votar, o Deputado José Queiroz omite a indicação de voto para o candidato do PDT, com o agravante de que agora também deixa registrado a sua falta de compromisso com Carlos Wilson e com Ciro Gomes.

quinta-feira, 29 de agosto de 2002

FALTA DE REPRESENTATIVIDADE

Em matéria intitulada “Se querem me atingir é porque eu incomodo”, publicada na página 4 do primeiro caderno do Jornal do Commercio, edição do 28/Ago/2002, o senador Carlos Wilson, ao tentar explicar o mecanismo de escolha de seus suplentes, afirma textualmente: "O segundo suplente é um próspero comerciante de Caruaru, Douglas Cintra". Talvez esteja aí a raiz dos problemas enfrentados pela Frente Trabalhista de Pernambuco, no que tange a notória insatisfação de diversos segmentos do PDT em relação a campanha, pois fica difícil digerir o fato de que o nome escolhido para representar o partido na chapa do senado seja alguém cujo o mais importante item do currículo pedetista seja o fato de ser um "próspero comerciante". Ao confirmar a vaga para o Sr. Douglas Cintra o senador Carlos Wilson tinha pleno conhecimento de que estava desprezando os nomes que haviam sido prévia e oficialmente sugeridos pela base do PDT, optando em prestigiar uma indicação lançada de forma unilateral, sorrateira e intempestiva pelo deputado José Queiroz, com o único propósito de atender aos seus interesses pessoais. Os que fazem o PDT no estado de Pernambuco não têm nada contra a pessoa do Sr. Douglas Cintra, assim como não têm nada a favor, pois na verdade o "representante do partido" na chapa do senador Carlos Wilson é um ilustre desconhecido dos pedetistas pernambucanos.

quarta-feira, 28 de agosto de 2002

PROPAGANDA INCOMPETENTE













Vide acima reprodução de "santinho" (frente e verso) que está sendo utilizado na campanha do deputado José Queiroz, no verso do qual, ao reproduzir a cédula eleitoral, está indicado o voto para deputado estadual, para 1 senador e para presidente da república, deixando em aberta a possibilidade de escolha do candidato a governador do estado.
1) Sendo presidente do PDT o deputado José Queiroz não teria o dever ético de pedir votos para o candidato a governador lançado pelo seu partido ???
2) Será que o deputado José Queiroz não percebe que sua atitude é um desserviço aos anseios das forças oposicionistas de levar a eleição de governador para o 2º TURNO ???
3) Será que o deputado José Queiroz sabe quem será o grande beneficiado se a eleição for decidida logo no 1º TURNO ???

terça-feira, 27 de agosto de 2002

UTOPIAS

Lendo o texto do jovem Diogo Silva dos Santos, de 13 anos, residente em Porto Alegre-RS, publicada na coluna Fala Povo do dia 26/08/02, fui arremetido aos meados da década de 60, ocasião em que, também um jovem entusiasmado e sonhador, iniciei minhas atividades políticas, como vice-presidente de grêmio estudantil do colégio em que fazia o então curso ginasial. Naqueles conturbados tempos, quando romanticamente pensava que o governo militar já havia atingido o limite das suas violentas formas de perseguições aos opositores do regime, tive a oportunidade de estabelecer primórdios dos princípios cívicos, éticos e morais que iriam balizar as minhas atitudes pela vida afora. A intervenção de Diogo serve para demonstrar que nem tudo está perdido, pois comprova que os jovens de hoje, tal qual os de ontem, continuam em busca de ideologias que possam aplacar a sua indignação com as desigualdades sociais e interferir positivamente no estabelecimento da sua cidadania. A minha alegria é ter a certeza de que jovens conscientes como Diogo verão horizontes que eu somente consigo ver em meus momentos de plena utopia.

sábado, 17 de agosto de 2002

EMPRÉSTIMO AO FMI

É absolutamente inacreditável a festa que está sendo feita pela equipe econômica do governo federal em função do empréstimo obtido junto ao FMI, como se o fato de conseguirmos um empréstimo bancário, com juros absolutamente extorsivos, fosse motivo para qualquer tipo de comemoração. Pior ainda que este empréstimo não terá o nobre destino de financiar o desenvolvimento do país, transformando-se em instrumento de alavancagem dos índices de emprego e renda, pois na verdade será utilizado unicamente para pagar encargos de nebulosos empréstimos anteriores. Os 8 anos do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso vem transformando o Brasil em um país verdadeiramente estranho, se cobrir vira circo e se cercar vira hospício.

FUTEBOL DEFICITÁRIO

Os cartolas do futebol estão matando a "galinha dos ovos de ouro". É claro que hoje em dia estamos vivendo uma época de intensa profissionalização do esporte, porém os dirigentes não podem perder de perspectiva que no momento em que os resultados dos jogos deixam de estar vinculados a critérios físicos e/ou técnicos de cada equipe, para serem perniciosamente decidido através da priorização de interesse financeiros, políticos ou de marketing, haverá um imediato afastamento do público dos estádios e uma significativa queda na audiência das transmissões televisivas dos jogos, pois, em que pese ser o futebol a mais nítida "paixão nacional", o povo não aceitará continuar sendo indefinidamente enganado. Faço uma analogia com os antigos concursos de miss, festivais de música popular, lutas-livres, etc., eventos que em determinadas épocas foram espetáculos de enorme prestígio de mídia e de público, e que foram praticamente banidos do cotidiano brasileiro em função das vergonhosas "armações" a que foram sendo paulatinamente submetidos. Com o passar do tempo estes eventos que empolgavam multidões, passaram a ser deficitários para seus gananciosos e incompetentes promotores, chegando ao ponto de serem praticamente esquecidos pelo grande público.

CAMPANHA CÍIVICA

Deveria ser iniciada uma campanha cívica, em defesa da inclusão na Lei Eleitoral de um dispositivo que limite os gastos financeiros das campanhas de cada candidato a cargo eletivo, em um máximo de 30% do total de salário previsto para o cargo, durante o exercício do mandato. Tal normatização faria com que a disputa eleitoral fosse decidida exclusivamente no âmbito da discussão política, deixando de ser um absurdo e imoral jogo de especulação financeira, no qual alguns candidatos simplesmente resolvem "comprar" um cargo eletivo, abusando acintosamente do poderio econômico próprio ou levantado junto a terceiros. Um exemplo incontestável dessa anomalia pode ser verificada na campanha feita por um folclórico vereador do Recife que, no afã de garantir ummandato de deputado estadual, tem feito uma campanha afrontosamente dispendiosa, garantindo a veiculação de seu nome em níveis significativamente superiores a todos os demais candidatos, chegando inclusive a fazer com que sua imagem seja mais visualizada do que a de qualquer um dos candidatos ao Governo do Estado ou à Presidência da República. Tal discrepância é seguramente um desserviço ao sistema democrático.

sexta-feira, 16 de agosto de 2002

JOSÉ QUEIROZ, REELEIÇÃO AMEAÇADA

Muito interessante a veiculação pela mídia pernambucana de matérias analisando as dificuldades eleitorais enfrentadas pelo deputado José Queiroz na busca da renovação do seu mandato. Concordo plenamente com as posições definidas pela imprensa, porém gostaria de registrar que a situação em que se encontra o deputado José Queiroz é fruto exclusivo da sua própria indecisão política, pois seu comportamento nos últimos meses pode ser fielmente simbolizado pelo ditado popular que diz: "o medo de perder tira a vontade de ganhar". O deputado José Queiroz simplesmente resolveu ignorar todo o esforço que o PDT vinha fazendo em seu torno da sua candidatura majoritária, inclusive com a maciça divulgação do seu nome nas inserções partidárias na televisão, para transformá-lo no melhor nome da esquerda pernambucana para enfrentar o governador Jarbas Vasconcelos no pleito de outubro, ou mesmo para disputar uma das vagas do senado, quando seria único candidato com respaldo para polemizar politicamente com o vice-presidente Marco Maciel. É constrangedor que um quadro da estatura política do deputado José Queiroz tenha de ficar a mercê de "arrumadinhos provincianos" para reunir mínimas condições de reeleição.

sexta-feira, 9 de agosto de 2002

GASTOS DE CAMPANHA

Gostaria de registrar minha mais absoluta concordância com os comentários emitidos pelo Sr. Severino Melo, em carta publicada no Jornal do Commercio, edição do dia 30/07/02, quando o mesmo levanta a tese de que deveria haver um dispositivo legal que limitasse o gasto de campanha cada candidato a cargo eletivo em 30% do total do salário previsto para receber durante os anos em que exercer o cargo ao qual está se candidatando. Tal norma evitaria a absurda e ilógica situação verificada hoje em dia quando alguns candidatos abusam acintosamente o poderio econômico, fazendo campanhas com gastos significativamente superiores ao que irá receber durante todo o seu período mandato. Um exemplo incontestável desta anomalia pode ser verificada na campanha feita por determinado vereador do Recife, que na ânsia de ser deputado estadual tem feito uma veiculação da sua imagem de forma absolutamente desproporcional a todos os outros candidatos, chegando inclusive a fazer com que seu nome seja mais visualizado na cidade do que qualquer um dos candidatos ao governo do estado ou a presidência da república. Tal discrepância de comportamento é seguramente um desserviço ao sistema democrático.

segunda-feira, 5 de agosto de 2002

REVERÊNCIA DESCABIDA

Fiquei absolutamente perplexo e constrangido ao me deparar com fotografia publicada na página 5 do Jornal do Commercio, edição do dia 03/08/02, ilustrando a matéria "Ciro passa Lula pela primeira vez". A foto do candidato Ciro Gomes beijando a mão do ex-senador Antonio Carlos Magalhães, durante evento político realizado na Bahia, é uma agressão ao povo brasileiro, na medida em que caracteriza que para atingir aos seus objetivos eleitoreiros o candidato é capaz de participar de qualquer tipo de pantomima. São posições como essa que fazem com que o eleitorado fique cada vez mais alheio ao processo político brasileiro, principalmente porque fica comprovado que não existe sinceridade de propósitos no comportamento de alguns candidatos, que tomam posições prioritariamente embalados pelos ditames do marketing político. Registre-se que até pouco tempo atrás o candidato que hoje se posta servilmente ante ACM afirmava publicamente que o ex-senador baiano era "mais sujo do que pau de galinheiro". Agora começo a entender o porque das constantes comparações entre Ciro Gomes e Fernando Collor.