Só mesmo um povo apalermado pela ignorância e pela incapacidade de pensar coletivamente, por ter sido secularmente condicionado a achar natural o uso daquele cínico princípio de comportamento regulamentado pela tal "Lei de Gerson", pode ficar entusiasmado com essa perspectiva de realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Na realidade, essa Copa de 2014 só interessa aos políticos, que terão ainda mais projetos para realizar, o que na prática representa maiores perspectivas de "dinheiro na caixinha", e as grandes empreiteiras, que vão "lavar a burra" construindo "elefantes brancos", que serão abandonados imediatamente após a Copa do Mundo, tal como foram abandonadas as faraônicas obras construídas para os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. Embora muitos digam o contrário, o fato é que ao se propor a sediar a Copa do Mundo de 2014, o Brasil comporta-se como aquele pai de família irresponsável, que embora não afirme não ter dinheiro para garantir seque a saúde, alimentação, transporte, educação e segurança para sua família, aceite fazer dívidas astronômicas para reformar a casa, na perspectiva de oferecer uma "festa de arromba", para convidados que sequer conhece, sob a desculpa esfarrapada de que as reformas realizadas na casa poderão, após a festa, melhoras as condições de vida da família. Só mesmo os perdulários, descompromissados com a ética e a decência, podem ver pertinência no fato de que um país carente de estradas, hospitais, escolas, segurança etc, "desvie" recursos públicos para a construção de itens dos quais o povo não está carente.
domingo, 11 de julho de 2010
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