Não é novidade para ninguém que a quase totalidade desses políticos brasileiros "não vale o que o gato enterra", mas de vez em quando, na ânsia de dar o golpe da esperteza, e tentar sair no lucro com as desgraças alheias, alguns chegam às raias do absurdo. Agora mesmo, leio na imprensa que o prefeito do Rio de Janeiro, em mais uma daquelas cretinas manobras oportunistas surgidas no bojo do malfadado "Massacre de Realengo", está direcionando esforços no sentido de que os familiares das vítimas sejam agraciados com uma compensação pecuniária, para pelo Estado, a guisa de indenização pelos parentes mortos no episódio. Isso é uma palhaçada! O que as famílias merecem é respeito em sua dor e solidariedade em seu sofrimento. Agora, daí a vir com essa conversa mole de criar indenizações pelas mortes é querer aparecer as custas do acontecimento. Ora seu prefeito, se for para pagar indenizações para os parentes das crianças motas em Realengo, pagues-e também para os parentes dos milhares de brasileiros mortos nos assaltos perpetrados nas ruas e praças de nossas cidades, a exemplo dos que são assassinados nos sinais de trânsito, nas saídas de bancos, durante os roubos a casa lotéricas, supermercados etc. Seu prefeito, vai procurar o que fazer, o que não deve se difícil de encontrar, pois sua cidade está um bagaço. Deixe as famílias das vítimas de Realengo curtirem sua dor com dignidade, sem tentar manipular a emoção do povo brasileiro, com essa lorota de compensar a perda com uma "graninha". Dois pontos devem ser ressaltados: 1) Não tem dinheiro que pague as perdas do "Massacre de Realengo"; 2) É muito fácil, para alguém que perdeu o respeito por si e pelo próximo, tentar o golpe de fazer "fita" com o dinheiro público. Afinal, como diziam os antigos, é muito fácil "dar bom dia com o chapéu alheio".
Nenhum comentário:
Postar um comentário