PROMISCUIDADES SELETIVAS: EU SÓ QUERIA ENTENDER...
Quer dizer então que, na visão desses “esquerdopatas”, por ter usado um aplicativo de Internet para tratar assuntos profissionais com um procurador da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro teria cometido um ato escandaloso, ao mesmo tempo em que o Presidente do STF, ministro Dias Toffoli, ao participar de um “convescote" com um dos advogados mais ligados ao ex-presidente Lulla, um réu que "virou mexeu" está sendo julgado pelo colegiado presidido pelo citado juiz, não tem nenhum problema?
Na realidade, creio que legalmente não tenha mesmo nada demais em ambas as situações, mas vamos combinar que, eticamente falando, o segundo caso deveria causar muito mais estranheza, principalmente quando envolve um advogado que faz questão de “ostentar publicamente” seu alto grau de intimidade com muitos dos ministros do STF, ao ponto de, em uma determinada ocasião, ser flagrado "batendo pernas" pelos corredores do prédio da mais respeitada Corte da Justiça, local em que todos tradicionalmente usam paletó e gravata, trajando uma bermuda e camiseta esportiva, como se estivesse tranquilamente passeando em uma tarde de domingo, em um dos shoppings de Brasília.
Será que é esse nível de intimidade do advogado Kakay com alguns ministros do STF, o segredo para que os processos que envolvem o presidente Lulla aparentemente tenham livre acesso na agenda daquela Casa, entrando na pauta com estranhíssima rapidez, tantas vezes sejam requeridos pela defesa, quando é sabido que alguns processos, de outros “personagens”, por falta de disponibilidade de espaço na pauta, passam anos “dormindo na fila”?
Nenhum comentário:
Postar um comentário