Vamos deixar de conversa mole e esclarecer, da forma mais didática possível, o motivo de tanta celeuma em torno da formação do Governo da presidente Dilma Rousseff, com partidos políticos disputando "quase que à tapa" os diversos cargos "loteados" pela digníssima mandatária. Engana-se redondamente que imagina que essa disputa entre as principais legendas de apoio ao Governo está presa a interesses ditos republicanos, a exemplo da vontade de melhor servir ao povo e ao país. A ambição desenfreada dos líderes partidários prende-se ao fato de que cada cargo de chefia "amealhado" junto ao Palácio do Planalto, seja qual for o escalão, significa na prática a oportunidade de, através de nomeações subsequentes, de criar uma série de "cabides de emprego", destinados a alocar os militantes que trabalharam na campanha eleitoral, ajeitar boquinhas para parentes e amigos e acumular poder de barganha para seduzir novos aliados. Por mais nojento que possa parecer, a coisa funciona exatamente assim, com toda essa disputa envolvendo, única e exclusivamente, mesquinhos interesses dos "donos" de cada legenda envolvida na disputa pelos cargos. Acrescente-se a isso tudo o fato de que cada um dos militantes e/ou apaniguados que forem nomeados serão obrigados a passar a contribuir com 10% do seu salário para a legenda detentora do cargo, e fica claro que por trás de tudo isso está a ganância financeira de muitos destes gigolôs da política brasileira, acostumados a usar a camuflagem de lideres partidários.
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