AS MUTRETAGENS DO ARRUDÃO E O CONSOLO DOS "CUMPANHÊROS"

Diante do novo escândalo envolvendo o governador de Brasília, José Roberto Arruda (DEM), imediatamente recordo um antigo ditado popular: “Cesteiro que faz um cesto, faz um cento”. Afinal, esse tal Arruda, apesar da cara de “coroinha”, ao longo da sua carreira política tem demonstrado ser um verdadeiro expert em armações e mutretagens, fazendo com que seu currículo ganhe contornos de folha corrida. Para quem no ano 2000 foi protagonista de um rumoroso episódio de violação do painel eletrônico do Senado Federal, o envolvimento no tal esquema de pagamentos de propinas para deputados da base aliada, em troca de apoio ao seu governo, não passa de mais uma nódoa em uma já enxovalhada vida pública. Isso é que dá a impunidade que impera no Brasil! Partindo do “chacriniano” princípio de que “nada se cria, tudo se copia”, alguns políticos desonestos, vendo que outros políticos desonestos teriam conseguido “enrolar“ a Justiça do Brasil, ao escaparem livres, leves e soltos do vergonhoso “escândalo do mensalão”, ocorrido ainda no primeiro governo Lulla, resolveram que também “iam se dar bem”, e partiram para a explicita “compra de deputados”. É o PT fazendo escola! O mais ridículo nisso tudo, é a incontida alegria de alguns petistas diante de mais uma oportunidade de mostrar que não são os únicos desonestos da política brasileira. O comportamento desses aloprados petistas é algo assim como o de um homem que após descobrir que é traído pela mulher, consegue consolo na constatação de que não é o único corno na vizinhança. É isso aí! Cada um se consola como pode!