O SISTEMA DE COTAS É UM VILIPÊNDIO AOS NEGROS BRASILEIROS

Sempre que surgem polêmicas sobre o sistema de cotas raciais nas universidades, penso em um verso da toada "Vozes da Seca", composta na década de 50 por Luiz Gonzaga e Zé Dantas: "Mas doutor, uma esmola, para um homem que é são, ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão...". Se em todos os países a inclusão dos negros nos mais diversos segmentos sociais reservados aos brancos, foi conquistada através de uma intensa e sacrificada militância, por que no Brasil ela deve vir como um "presente"? Será que nossos legisladores acham que os negros brasileiros são menos capazes, menos inteligentes e menos esforçados do que, por exemplo, os negros norte-americanos? Afinal, nos Estados Unidos, onde a luta pela inclusão social dos negros, mesmo sem a "ajudinha" de instrumentos indignos e deprimentes como esse tal sistema de cotas inventado no Brasil, chegou-se a uma situação em que, com sacrifícios e perseverança, os negros galgaram status antes eram absolutamente inimagináveis, tais como: 1) O político mais importante (Barack Obama); 2) O líder da oposição no Congresso (Michael Steele); 3) A mulher mais influente da mídia (Oprah Winfrey); 4) O esportista mais rico (Tiger Woods); 5) As melhores jogadoras de tênis (Serena e Vênus Williams); 6) O ator mais popular (Will Smith). Acorda, Brasil! Inclusão racial não se faz por decreto...