Quando vejo o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), fazendo proselitismo político-eleitoral com o falacioso crescimento econômico do estado, não posso deixar de pensar nas estratégias ufanistas utilizadas pelos generais-presidentes, durante anos da ditadura instalada após o golpe de 1964. A verdade é que naquela ocasião, tanto como agora, os governantes tentavam, principalmente através da criação de uma ilusória sensação de desenvolvimento econômico, apoiada em cinematográficas campanhas de marketing, escamotear do público o fato de que enquanto o Estado, e seus "amiguinhos", enriqueciam, o povo continuava no "bagaço" de sempre, mendigando por escola, transporte, saúde e segurança. Agora, o que vemos é o governador Eduardo Campos tentando iludir os pernambucanos com essa conversa mole de que Pernambuco é o novo "El Dorado Nordestino", graças ao sem número de empresas que estaria "disputando a tapa" o privilégio de se instalar em Suape. O problema é que o governador esquece de informar ao seu povo que nem mesmo os bons empregos oferecidos por essas empresas eles podem pleitear, posto que, de uma forma geral, lhes falta educação formal e capacitação técnica para ocupar os melhores cargos, devendo, tal como acontecia no tempo em que eram explorados pelos colonizadores portugueses, e posteriormente pelos donos de usinas de cana de açúcar, contentar-se com os "trabalhos braçais", geralmente mal remunerados. Não foi sem motivos que o poeta disse que "a favela é a nova senzala"...
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caro júlio: estou lendo na medida do possível as excelentes matérias que vc tem postado aqui no blog.. esta, em especial, resume tudo quanto penso dos atuais poderosos da política a nível municipal, estadual e federal.. fantástico seu poder de síntese ! abrs
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