Com a vinda à tona das denúncias veiculadas pelo Ministério Público, através do promotor José Carlos Blat, dando conta do sórdido esquema de maracutaias que teria sido montada na BANCOOP, com vistas a promover o enriquecimento ilícito de membros da elite petista e arrecadar dinheiro para campanhas eleitorais, inclusive a de 2002, chama a atenção a arrogante reação do deputado Cândido Vaccarezza, líder do Governo na Câmara. Em sua petulante argumentação, o deputado petista, ao invés de explicar os fatos, preferiu, com a prepotência que caracteriza a petralhada, para uma explícita tentativa de "enquadrar" o Ministério Público e intimidar do promotor responsável pela denúncia, chegando inclusive ao cúmulo de partir para uma estratégia que beira a chantagem, ao levantar a possibilidade de, caso o promotor continue com a investigação, fazer com que o PT apóie a aprovação de uma tal Lei Maluf, que claramente objetiva constranger os membros do Ministério Público, ao prever punição para promotor cuja denúncia não resulte em condenação dos acusado. É muita cara de pau! Para facilitar o entendimento, caso essa proposta de Paulo Maluf, agora lembrada pelo PT, fosse aplicada nas áreas criminais, seria, algo como prever que qualquer autoridade policial, ao realizar investigações sobre esquemas marginais, e não conseguisse a condenação dos bandidos, ficaria sujeito a sofrer punições por ter tido a ousadia de desconfiar dos "pobrezinhos". E pensar que um dia milhões de brasileiros acreditaram na conversa mole de que esses petistas eram os paladinos da defesa da ética e da moralidade na vida pública...
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