DRA. RITA DE CÁSSIA, MAIS UMA VÍTIMA DA FROUXIDÃO DOS PRESÍDIOS BRASILEIROS

Acompanhando pela imprensa, tomei conhecimento de que a polícia de Salvador conseguiu desvendar o assassinato da médica que havia sido vítima de um seqüestro-relâmpago em um grande shopping da capital baiana, enquanto fazia compras em companhia de um bebê. O criminoso, que confessou o crime na presença de defensores públicos, é um presidiário que cumpre pena em regime semi-aberto, embora condenado pela prática de quatro estupros, atentado violento ao pudor e roubo, e que na ocasião crime gozava de liberdade provisória, beneficiado pela saída temporária do Dia dos Pais. Agora, alguns desses tais defensores dos direitos humanos, que na realidade são especialistas em proteger e facilitar a vida de bandidos, alegarão que a morte da médica, friamente trucidada por não ceder aos instintos bestiais do seqüestrador, que confessou a intenção de praticar o estupro, teria sido uma mera fatalidade. NÃO! A vítima foi cruelmente assassinada por um criminoso que agiu acobertado pela irresponsável complacência do Estado, que insiste na mania de administrar presídios como se fossem colégios internos. Afinal, não podemos perder de perspectiva que cadeia, desde que o mundo é mundo, é um instrumento de punição, destinado a segregar aqueles que não têm condições de viver em sociedade. Temos de dar um basta nessa conversa mole de transformar presídios em “colônias de férias”, acabando de vez com uma série de privilégios criados para facilitar a vida dos presos, sob o cínico argumento de que visam favorecer a reintegração social. Quem será a próxima vítima da abusiva frouxidão dos presídios brasileiros?