Nesse Brasil Tiririca, onde o Executivo, o Legislativo e o Judiciária já deixaram claro o total desrespeito com que tratam o povo, seria uma infantilidade esperar que empresas e instituições, mesmo as detentoras de concessões públicas, tratassem os usuários dos seus serviços com um mínimo de dignidade e decência.
Embora nossos governantes e legisladores sejam pródigos em fingir que estão criando normas de proteção aos consumidores, a verdade é que na maioria das vezes essas regras elaboradas para proteger os consumidores são cínica e impunemente ignoradas pelos que deveriam aplicá-las.
Quem quiser ter um exemplo do pouco caso com que os consumidores são tratados nesse país, basta pegar um telefone e ligar para qualquer Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) de empresas e/ou instituições. Invariavelmente, qualquer cidadão que fizer esse teste ficará a mercê das embromações friamente planejadas pelos estabelecimentos. Muitas das vezes, sequer conseguirão completar a ligação, pois o telefone discado estará ocupado ou chamará sem que ninguém atenda.
Nos casos em que conseguir completar a ligação, começará uma "Via Crucis", que passará por longas esperas, escutando "musiquinhas", infindáveis transferências entre funcionários, sempre tendo de repetir para o próximo atendente os mesmos dados e as mesmas explicações, além do risco constante, quase sempre concretizado, de quando achar que sua pendência está para ser solucionada, ter o desprazer de ver a ligação simplesmente cair, o que o obrigará a recomeçar todo o processo, partindo do zero. Estou errado?
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