Quando a gente pensa que já viu tudo em matéria de desgraças familiares, somos surpreendidos pela notícia de que o bispo da Igreja Anglicana de Pernambuco, reverendo Robinson Cavalcanti, e sua esposa, foram cruelmente assassinados, esfaqueados por um dos seus filhos adotivos.
Além de consternados diante dos fatos, os pernambucanos, notadamente aqueles que tiveram o prazer de desfrutar do convívio com o Bispo Robinson Cavalcanti, como tive o privilégio de fazê-lo, no tempo em que militamos no então respeitável PMDB, ainda no início da década de 1980, estão incrédulos e assustados com a notícia de que um fim tão trágico e violento possa ter alcançado um homem que pautou sua vida pelo diálogo, pelos conceitos filosóficos, pela apurada educação e pela consistente formação acadêmica.
São tempos modernosos! Do jeito que a coisa vai, se a sociedade não reagir de forma decisiva ao protecionismo com que alguns tentam blindar os jovens que tomam o caminho da delinquência, garantindo-lhes a total e absoluta sensação de impunidade, seguramente estaremos caminhando para um cotidiano no que o normal será “o rabo balançar o cachorro”. Quem viver verá!
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