Diante de toda aquela baixaria encenada no plenário do Senado, por ocasião de um chulo bate boca entre um senador do PSDB e o líder do Governo Dilma Rousseff, o senador Humberto Costa, do PT pernambucano, por conta de divergências quanto a abertura de uma CPI para apurar os inúmeros casos de corrupção envolvendo as gestões petistas, ficou clara a mudança de postura dos governista em relação ao fato de serem insistentemente rotulados como corruptos. Se antes os petralhas fazia questão de negar veementemente a veracidade de qualquer caso de corrupção em suas gestões, parece que agora, talvez por conta da clareza com que os fatos estão sendo postos, renderam-se ao inquestionável e passaram a simplesmente negar a formação da CPI, não mais sob a antes convicta argumentação de que as corrupções não existiam, mas agora sob o falacioso princípio de que não aprovam a CPI como forma de evitar a criação de um palanque que possa ser eleitoralmente usado pela oposição. Como se vê, nem tudo está perdido! Pelo menos o episódio deixou claro que os petistas, diante de tantas e tão evidentes provas de envolvimento de governistas em casos de corrupção, resolveram mudar de estratégia, abrindo mão da intransigente defesa da honra e da ética de seus filiados, tal como faziam até bem pouco tempo, para simplesmente, a partir do uso de mecanismos regimentais, criar entraves que evitem, ou pelo menos dificultem, o estabelecimento de investigações parlamentares em relação as maracutaias fartamente denunciadas, e documentadas, pela imprensa.
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