Pobre do brasileiro que acreditar nas fiscalizações realizadas pelos muitos órgãos de controle de contas públicas espalhados por esse Brasil Tiririca. Para começo de conversa, não podemos perder de perspectivas que esses instrumentos, teoricamente técnicos, criados exatamente para fiscalizar as diversas administrações governamentais, punindo casos de malversação de verbas, licitações viciadas, superfaturamento de obras e outras tantas maracutaias, foram sendo, ao longo dos anos, cada vez mais politizados, principalmente através do artifício de transformar as vagas de "conselheiros" em prêmios ofertados pelos governantes, em seus diversos níveis, aos parlamentares que tenham sido mais fiéis aos seus "ditames", e que tenham a tendência de, após empossados no novo cargo, continuarem exercitando a mesma "fidelidade". Infelizmente, é isso aí! As vagas de conselheiros nos diversos órgãos de controle de contas públicas existentes por esse Brasil afora, ao invés de serem preenchidas por especialistas em auditagens de gastos governamentais, foram sendo transformadas em "aposentadorias diferenciadas" (e bota diferenciadas nisso!!!) para alguns "felizardos parlamentares" em fim de carreira. É triste, e decepcionante, ver que colegiados tão importantes, e que tantos serviços poderiam prestar em termos de moralização da gestão pública brasileira, tenham sido paulatinamente transformados alguma coisa análoga aos lendários "cemitérios de elefantes".
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