quarta-feira, 11 de maio de 2011
CHEIAS NO RECIFE: QUAL A PARCELA DE CULPA DOS GOVERNANTES
Não é novidade para ninguém que nossos gestores públicos, independente de opção partidária e/ou viés ideológico, não estão nem aí para os mazelas que possam acarretar para a sociedade, com suas mesquinhas decisões, no mais das vezes regidas por interesses eleitoreiros, entretanto, o que aconteceu no Recife, na semana passada, quando mandaram abrir as comportas da Barragem de Carpina, provocando alagamentos em grandes áreas da capital pernambucana, além um início de pânico entre a população, foi de uma irresponsabilidade atroz. Afinal, qualquer idiota que tenha um mínimo de vivência no Recife, sabe que a cidade está no nível do mar, e que em momentos de maré cheia, torna-se normal que haja um refluxo das águas dos rios Capibaribe e Beberibe, muitas das vezes, mesmo no verão, acarretando transtornos para a cidade, a exemplo do transbordamento de canais e ou vazamento de águas poluídas pelos bueiros. Pois bem, nem mesmo sabendo desses detalhes, os responsáveis pela operação de aumento da vazão das águas da Barragem de Carpina, sob a desculpa de precisavam prevenir possível rompimento, tiveram o cuidado de fazer um "planejamento básico" do cronograma de "abertura da barragem", fazendo com que a chegada das águas no Recife, ocorresse sempre em períodos de maré baixa. Qual a dificuldade em fazer esse cálculo? Nenhuma! Pois bem, todo o transtorno ocorreu exatamente porque "esqueceram" de evitar que as águas liberadas da Barragem de Carpina chegassem ao Recife em plena maré cheia, ocasionando um represamento natural, que fez com que todo aquele volume de água, não podendo adentrar no mar, voltasse para inundar a cidade. Esse é o fato! Qualquer outra explicação oferecida pelas "otoridades", não passa de conversa mole para enrolar cidadãos resilientes...
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