Na sexta-feira, dia 06 p.p., precisei buscar uma informação junto a uma das varas que funcionam no prédio do Tribunal de Justiça de Pernambuco, na Ilha Joana Bezerra, na cidade do Recife, e tive o desprazer de ser frustrado em minhas intenções, ao encontrar a Justiça de Pernambuco em greve. Na realidade, o prédio do Tribunal de Justiça de Pernambuco, embora aberto, estava com o atendimento suspenso, e "fartamente decorado" com faixas e cartazes que traziam frases de efeitos, entre as quais destacava-se: "FAÇA JUSTIÇA A QUEM DISTRIBUI JUSTIÇA". Impotente diante do quadro, além da frustração e espanto, fiquei em dúvida sobre a qual "entidade" caberia julgar se esse movimento grevista é legal? Por outro lado, espero que a instituição que está sendo provocada através do tal greve, que acredito seja o Governo de Pernambuco, tenha, na apreciação dos pleitos da categoria, um pouco mais de agilidade do que o normalmente demonstrado a própria Justiça ao analisar os pleitos que lhes são confiados pela sociedade, muitas das vezes, por andar à passos de tartaruga, criando situações em que cidadãos são obrigados a conviver concretamente com aquela situação que foi tão bem teorizada pelo jurista Rui Barbosa, no início do século passado, quando afirmou que “Justiça tardia não é Justiça, é injustiça manifesta”.
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