É bobagem culpar pessoalmente a presidente Dilma Rousseff pelas presepadas praticadas por alguns dos seus ministros, em uma sequência que já gerou cinco demissões, em apenas oito meses de gestão. Afinal, dona Dilma, tal como qualquer "preposto", deixou-se "tutelar" pelos dirigentes dos partidos que formam a tal base aliada, inclusive abrindo mão do direito de escolha dos seus assessores diretos, ao deixar que diversos cargos fossem "rateados" entre os "donos dos partidos", repassando-lhes o poder de indicar, de acordo com suas mesquinhas conveniências, os titulares das pastas com as quais haviam sido "agraciados".
Enfim, se dona Dilma não teve sequer o direito de escolher, tendo de simplesmente assinar as nomeações que foram colocadas em sua mesa, a culpa por essa esculhambação em que o Brasil foi transformado, tem de ser devidamente repartida entre os muitos culpados, a começar pelos "caciques partidários".
Aliás, nesse extenso rol de culpados não pode faltar sequer o eleitorado brasileiro, que na hora em que foi chamado às urnas, esqueceu-se que o voto é o melhor instrumento que possui para "desinfetar a política brasileira", livrando-as de certos e notórios "gigolôs de mandato", e permitiu que algumas "pústulas da Democracia", mesmo estando sob mil e uma acusações de participações em maracutaias, lograssem a reeleição, ou a eleição de parentes, após apelar para a ignorância funcional e/ou irresponsabilidade cívica de eleitores que, aviltando o valor do voto, deixam-se envolver em "sórdidos escambos".
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