quinta-feira, 29 de setembro de 2011
"BANDIDOS DE TOGA": AFINAL, POLÊMICAS À PARTE, O IMPORTANTE É SABER SE A DECLARAÇÃO É FACTÍVEL...
É impressionante como os brasileiros, diante de qualquer questão minimamente polêmica, costumam cultivar uma ridícula capacidade de prestar extrema atenção ao supérfluo, deixando de lado o núcleo do objeto em discussão. Um bom exemplo dessa característica social está registrado nesse "furdunço" causado pela declaração da ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional Justiça, de que no Brasil existiriam "bandidos de toga", referindo-se claramente a alguns membros do judiciário que aviltariam o direito de "distribuir Justiça", transformando-o em um em mero "meio de ganhar a vida".
Como geralmente acontece nesses casos, estão discutindo o assunto sob uma ótica obtusa, pois estão muito preocupados em determinar o nível de provável ofensa que possa ter sido cometida pela ministra contra os membros do Judiciário, mas deixam de lado a questão de que a mesma, até mesmo por ser corregedora do CNJ, tendo, portanto, profundo conhecimento dos “usos e costumes” do Poder Judiciário, possa estar certa em sua afirmativa.
Será que não está na hora do Judiciário ficar menos ofendido com o fato da ministra Eliana Calmon ter usado o termo “toga”, e dar um pouco mais de atenção a pertinência do uso do termo bandido? Ou será que na visão dos que fazem o Poder Judiciário, o simples uso da toga teria o "poder divino" de alterar a índole de um magistrado, obrigando-o a ser "mocinho"?
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