segunda-feira, 7 de novembro de 2011
MORTE DO CINEGRAFISTA DA BAND DURANTE OPERAÇÃO DO BOPE: A CONCRETIZAÇÃO DA "LEI DE MURPHY"
Vamos deixar de conversa mole!
O autor do disparo que atingiu o cinegrafista da Band, durante uma operação policial em uma favela Antares, no Rio de Janeiro-RJ, apesar de ter apertado o gatilho, não é o único culpado pela tragédia.
Tão culpados quanto o imbecil marginal que se escondia atrás de uma arma de grosso calibre, são a emissora onde o cinegrafista trabalhava e o comando da operação do Bope.
No caso da Band, a culpa está não apenas na irresponsabilidade de fornecer um material de segurança inadequado para função, como também pela pressão exercida, direta ou indiretamente, para que seus profissionais, mesmo diante de evidentes riscos, exponham-se ao perigo em prol da obtenção de imagens chocantes, capazes de trazer audiência, e lucros para a empresa, através das veiculações em programas que exploram o sensacionalismo policialesco, a exemplo do "Brasil Urgente", apresentando pelo espalhafatoso José Luiz Datena.
Em relação ao Bope, a culpa está na ânsia de alguns policiais em terem suas atividades profissionais exibidas nas telinhas da TV, o que faz com que, em nome da vaidade, abram mão de preceitos óbvios de segurança.
Em suma, a prematura morte do cinegrafista da Band, encontrem agora as desculpas esfarrapadas que possam encontrar, é apenas a trágica concretização do que está previsto na "Lei de Murphy": "Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará".
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