Repercute na imprensa pernambucana a declaração prestada pelo titular da Secretaria de Transportes de Pernambuco, o petralha Isaltino Nascimento, durante entrevista concedida ao jornalista Aldo Vilela, cujo tema era a ajuda que o Governo Estadual poderia prestar à Prefeitura do Recife, visando a melhora do caótico trânsito recifense.
Depois de tergiversar, como invariavelmente fazem os políticos, o aloprado secretário desenvolveu um raciocínio digno de figurar em qualquer programa humorístico da TV brasileira.
Com a empáfia de quem “acha que está abafando”, Isaltino Nascimento informou que o governador Eduardo Campos, visando melhorar a mobilidade em Pernambuco, estava tomando providências para a construção de 4 heliportos (Porto de Galinhas, Carne de Vaca, Gravatá e Tamandaré) e 32 helipontos (em diversas regiões do interior do estado).
Só pode ser encarado como gozação o fato de que, durante uma entrevista na qual está sendo abordada a falta de mobilidade urbana no Recife, o secretário de Transportes venha com essa “conversa mole” de construção de heliportos e helipontos.
Será que ele acredita que resolvendo o problema do pouso de helicópteros em algumas cidades turísticas, e em outras tantas regiões interioranas, o governador está pensando na mobilidade dos pernambucanos comuns?
Diante dessa “pataquada”, não sei se fico mais indignado com o secretário, que está claramente tentando “enrolar” os pernambucanos, ou com o jornalista, que diante de uma resposta absolutamente ridícula, finge que está tudo bem, e perde a oportunidade de “chamar o feito à ordem”, cumprindo o seu principal papel profissional, que é o de ESCLARECER a população.
Aliás, esse é o principal problema da nossa imprensa, pois quando os jornalistas estão sozinhos, seja nos estúdios ou na frente do teclado, “metem o pau” nos políticos, mas, quando têm a oportunidade de estar cara a cara com eles, primam por aceitar passivamente, sem contestações, qualquer “lorota” dita pelo entrevistado.
Uma coisa é certa, a construção desses heliportos e helipontos pode não resolver o problema de mobilidade do povo pernambucano, mas vai , sem dúvida alguma, “quebrar o maior galho” para as “zélites”. Certo?
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