MINISTRO ROLANDO LERO FRUSTA EXPECTATIVAS

O ministro Nelson Jobim, em seu discurso de posse, foi extremamente descortês e arrogante em relação ao seu antecessor, quando vociferou: "Aja ou saia, faça ou vá embora". Os brasileiros, traumatizados com o caos aéreo, diante de toda aquela "marra", acreditaram que Jobim era o homem certo para resolver a crise da aviação. Infelizmente, com o tempo o ministro foi perdendo gás e aquela pose de "sabe-tudo" cedeu lugar à imagem de um burocrata enfadado, frustrado com sua impotência em garantir o cumprimento das metas propostas. Hoje, convencido que a raiz do apagão aéreo é de ordem estrutural, o que impossibilita soluções de curto prazo, Nelson "Rolando Lero" Jobim vem se especializando em criar desculpas esfarrapadas para a ineficácia da sua gestão. O fato é que, apesar de toda a maquiagem que as autoridades tentam fazer, o caos continua instalado nos aeroportos do Brasil, com os passageiros sujeitos aos mesmos transtornos dos tempos de Waldir Pires.

BRASIL NA OPEP? VAMOS DEVAGAR...

Como dizem os mais experientes, "devagar com o andor que o santo é de barro". Fora os aloprados petistas, que acreditam cegamente em tudo o que Lulla diz, e os milhões de analfabetos, absolutos e funcionais, que vagam por esse país sem condições de formar uma opinião minimamente crítica a respeito dos acontecimentos, os demais brasileiros sabem que esse episódio da descoberta de uma megajazida de petróleo na Bacia de Santos tem de ser encarado de forma responsável e parcimoniosa. Afinal, em outras ocasiões em que a Petrobras anunciou a descoberta de novas reservas petrolíferas ocorreram acertos de previsões, como na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, que atendeu as expectativas, como também tivemos algumas decepções, a exemplo do Campo de Mexilhão, na própria Bacia de Santos, apresentado em 2004 como algo espetacular e que, ficou comprovado, não era lá essas coisas. Seu anúncio festivo não passara de uma oportunista manobra de marketing governamental.

A ETERNA ESPERA PELO FUTURO DO BRASIL

Quando menino, fazendo o curso primário na Escola Pública Cruzeiro, no bairro da Grajaú, Rio de Janeiro, no tempo em que só os comunistas comiam as criancinhas, já escutava essa conversa mole de que o Brasil é o país do futuro. Os anos foram passando e a ladainha persistiu. No curso de admissão, no ginasial, no científico e até na faculdade, durante os anos de chumbo da ditadura militar, ainda existiam tentativas de fazer com que a juventude continuasse acreditando nessa baboseira. O incrível é que agora, em pleno século 21, o presidente Lulla, quase na metade do seu segundo mandato, enrola os brasileiros com a mesma promessa de que o Brasil é o país do futuro, utilizando-se da propaganda governamental para repetir que na próxima década todos os nossos problemas estruturais estarão resolvidos. Como se vê, mudam os governos e mudam as ideologias, mas o povo continua sendo "levado no bico". Do jeito que a coisa vai, no futuro, o Brasil continuará sendo o país do futuro.

LULLA, UM CALEIDOSCÓPIO NO PLANALTO

Dia desses, ao comentar que o presidente Lulla era o somatório da tendência neoliberal de FHC e da tolerância ética de Fernando Collor, minha caixa de mensagens ficou apinhada com histéricas manifestações de repúdio encaminhadas pela "troupe" petista. Confesso que depois de me divertir um bocado lendo aquelas sandices entendi que até posso ter sido injusto com Lulla, ao simplificar a fórmula do caldo de cultura no qual foi formatado a personalidade política do nosso camaleônico governante. Realmente, para continuar citando apenas ex-presidentes, temos de registrar outras características importantes, que também contribuíram para a formação desse caleidoscópio em que se transformou o nosso "LULLINHA PAZ E AMOR". Aos já citados neoliberalismo de FHC e tolerância ética de Collor, adicione-se também o desmedido apego pelo poder de José Sarney e a "leseira" de Itamar Franco. IH! Já ia esquecendo de incluir o forte apreço pela "MARVADA", herdado do inesquecível Jânio Quadros.

MÔNICA PODE, ROGÉRIA NÃO?

Não dá para entender esses políticos brasileiros! Agora, ao se depararem com uma mostra do fotógrafo Luiz Garrido, denominada Heróis, em exibição no Salão Negro da Câmara dos Deputados, fizeram um escarcéu porque uma das obras expostas era um quase nu frontal da atriz Rogéria. Queria que ela fosse confinada em uma cabine, isolada do restante da exposição. Será que esse alvoroço é pelo fato de a atriz Rogéria ser um transformista? Afinal, foto de mulher pelada pode circular pelo Congresso, inclusive com livre acesso ao plenário. Dia desses, foi amplamente repercutido pela mídia que as fotos da "ex-segunda-dama do Senado", publicadas pela Playboy, fizeram sucesso junto aos parlamentares, que não se constrangiam em admirar a performance fotográfica de Mônica Veloso, inclusive durante as sessões. Quem não se lembra da patética imagem de uma senadora flagrada enquanto apreciava a nudez de Mônica na tela do seu notebook? Será que a implicância com a foto de Rogéria tem conotações homofóbicas?

NEOLIBERALISMO DE FHC + TOLERÂNCIA DE COLLOR = LULLA

Circula na Internet uma pesquisa questionando a reação dos brasileiros em relação ao golpe da reeleição para o terceiro mandato. A pergunta é: Como você combaterá a tentativa do terceiro mandato de Lula? As alternativas são: 1) Com novenas e orações a São Serapião; 2) Apoiando o sustentáculo da resistência ao comunismo, ministro Marco Aurélio; 3) Com armas nas mãos; 4) Se unindo ao movimento Cansei; 5) Mudando-se para Miami. Quanta bobagem! Sugiro aos provocativos e arrogantes autores dessa OBRA, seguramente desenvolvida em um dos muitos momentos de ócio, por conta das mamatas dos cargos que usufruem na máquina pública, que revejam a história da resistência à ditadura militar, capítulo também protagonizado pelo PT, no tempo em que era um partido de esquerda. Não sei quanto à direita, mas os progressistas, traídos por Lulla quando ele incorporou o neoliberalismo de FHC e a tolerância ética de Collor, serão tão decididos e perseverantes quanto foram ao combater o regime militar, no período de 1964 a 1985.

COPA DE 2014: ARMAÇÕES ILIMITADAS

É óbvio que a notícia da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, é motivo de festa não só pela visibilidade internacional que trará ao País, gerando incremento no fluxo de turistas, quanto pelas melhorias estruturais que terão de ser feitas para o evento, gerando investimentos em estradas, transportes urbanos, saúde, telecomunicações, segurança, aviação, instalações esportivas, etc. Até aí, beleza! O problema é que em um País onde a corrupção é endêmica, torna-se imprescindível que, desde já, sejam criados rígidos mecanismos de controle que possam minimizar as perdas decorrentes das muitas maracutaias que serão engendradas, principalmente nas licitações públicas. Afinal, o Pan Rio 2007, cujas mazelas administrativas e financeiras não param de vir à tona, foi uma mostra do que poderá acontecer nesses próximos sete anos. É fácil imaginar a excitação dos grandes empreiteiros e fornecedores diante das perspectivas de "deitar e rolar" nas verbas públicas. Alguém tem dúvida?

O RECIFE É O PARAÍSO... PARA AS ELITES

A Prefeitura do Recife, tão rígida em relação aos microempresários que tentam abrir um estabelecimento, é benevolente quando se trata de grandes empreendedores. Um exemplo é a Faculdade Maurício de Nassau, que conseguiu se instalar nas Graças, um bairro residencial, de ruas estreitas, e que já apresentava sérios problemas de tráfego de veículos, mesmo sem ter área interna para estacionamento. O resultado dessa irresponsabilidade pode ser visto todos os dias, não só nos engarrafamentos que ocorrem no entorno da faculdade como nas altercações entre alunos e moradores em função de carros estacionados ilegalmente. Agora, para corrigir um erro, a Prefeitura do Recife comete outro, ao permitir que um trecho de Avenida Beira-Rio seja privatizado, inclusive com construção de muros e guaritas, para que a via pública seja transformada no estacionamento interno da faculdade. PERGUNTA: “A troco de quê a Prefeitura do Recife estaria sendo tão “boazinha” com o dono da Maurício de Nassau”?

DÁ PARA ACREDITAR EM LULLA?

Apesar de o presidente Lulla finalmente ter negado apoio ao golpe planejado por alguns petistas, que querem remendar a Constituição, para garantir a possibilidade de reeleição para um terceiro mandato, ainda não dá para os brasileiros ficarem totalmente seguros. Afinal, ao longo dos anos em que tem estado à frente do governo, o presidente Lulla já deu diversas demonstrações de que nem sempre fala o que está pensando, o que, aliás, é comum em quem, tal como ele, parte do pressuposto que os fins justificam os meios. A preocupação fica ainda maior quando o presidente respalda sua negativa à tese do terceiro mandato consecutivo, com declarações enigmáticas, do tipo: "NÃO SE BRINCA COM A DEMOCRACIA. O BRASIL É UM PAÍS SÉRIO". Aí danou-se tudo! Acreditar na "palavra" de Lulla, ainda mais quando baseada nesse tipo de argumentação, só mesmo os que acreditaram quando ele disse que não sabia nada a respeito das maracutaias de Zé Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares e Cia.

O BRASIL DE HOJE E A ALEMANHA DE 1933

Essa "esperteza" petista de dizer que um terceiro mandato para o presidente Lula, baseado em alterações constitucionais, seria legitimado pelo povo, não passa da repetição de antigas estratégias golpistas utilizadas, por exemplo, pelo Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista) para garantir o poder ditatorial de Adolf Hitler. A história registra que Hitler chegou ao governo alemão pelas vias legais, mas com uma sucessão de tramas constitucionais respaldadas em sua maioria parlamentar, criou as condições necessárias para governar ditatorialmente. Ressalte-se ainda que, tal como o Lula de hoje, o Hitler de 1933 também contava com o apoio das "massas", obtido através de intensas campanhas publicitárias (uma mentira dita mil vezes, torna-se verdade), promessas megalomaníacas (o Reich dos mil anos) e perspectivas de vantagens pecuniárias (posse dos bens tomados aos judeus). Hummm... Sinto uma incômoda sensação de dejá-vu?

PADRE LANCELOTTI: CULPADO OU INOCENTE?

O jornalista André Petry, ao analisar o episódio envolvendo o padre Júlio Lancellotti, foi de extrema felicidade ao concluir: "É um erro tanto absolver Júlio Lancellotti (socorrendo-se de sua obra social elogiável), quanto desmoralizar a obra social (socorrendo-se de um padre sob suspeita)”. É isso aí! Considero impertinente a posição da Igreja Católica, que parte do pressuposto que o padre é inocente apenas e unicamente por ser um padre, assim como também considero maldosamente precipitada a postura crítica de alguns segmentos sociais, que partem do princípio de que toda a obra social da Igreja Católica deve ser colocada sob suspeição em virtude de dúvidas surgidas quanto ao comportamento ético de um padre. Devagar com o andor, que o santo é de barro! Por enquanto, o padre Júlio Lancellotti é apenas suspeito. Só investigações competentes e isentas determinarão se ele é merecedor do calvário pelo qual está passando, ou se está sendo alvo de uma sórdida armação.

LULA E HUGO CHAVEZ: EGO E ALTEREGO

Toda essa movimentação ensejada pela base aliada do governo Lula, pregando a alteração constitucional que permita a reeleição para o terceiro mandato, faz parte de uma estratégia antidemocrática que seria impossível de ser levada adiante se não houvesse a concordância do principal interessado, no caso o próprio presidente Lula. Fica claro para qualquer brasileiro que não esteja acometido da "miopia petista" que bastaria o presidente Lula, se realmente estivesse contra o golpe do terceiro mandato, desautorizar seus correligionários de tomarem tal iniciativa. Ou será que o presidente não tem autoridade moral para controlar os membros da sua bancada no Congresso? Que o Brasil não se iluda, pois é tudo uma grande armação! Na verdade Lula está apenas buscando a forma menos traumática para aderir aos mesmos planos ditatoriais recentemente impostos ao povo venezuelano pelo seu guru político, o caudilho Hugo Chávez. É como diz a sabedoria popular: "esse santo quer reza".

USO ABUSIVO DA IMUNIDADE PARLAMENTAR

Ao deturpar o direito da imunidade parlamentar, permitindo que um instrumento criado para proteger os deputados e senadores contra possíveis perseguições decorrentes de posições político-ideológicas fosse expandido para acobertar crimes comuns, mesmo quando praticados antes da eleição, o Congresso Nacional acabará sendo transformado em um enorme esconderijo, onde os bandidos, públicos e privados, irão buscar guarida para fugir dos braços fortes da lei. Hoje já temos alguns parlamentares que "estão" deputados ou senadores apenas para usufruir do benefício da imunidade parlamentar, que lhes garante o tal foro privilegiado. O risco é que dentro em breve os chefões do crime organizado atentem para essa "mamata" e comecem a investir na "compra" de mandatos eletivos. Tenho pesadelos, nos quais assisto pela TV um debate sobre a liberação do uso de armas de fogo entre o senador Marcola e o deputado Fernandinho Beira-Mar. Impossível? Não! Infelizmente, nesse Brasil, tudo é possível!

O BRASIL SOFRE DE FRAQUEZA DIPLOMÁTICA

Por que o Brasil não emite uma nota sequer contra os abusos aos direitos humanos cometidos pela junta militar que governa Myanmar, ao reprimir com violência os protestos pacíficos dos monges budistas? O fato é que para preservar acordos comerciais com a China, que apóia o poder ditatorial instalado em Myanmar desde 1962, o governo brasileiro optou por uma cômoda e irresponsável neutralidade. Aliás, essa opção pela fraqueza diplomática e pela submissão aos interesses de nações estrangeiras, mesmo com o sacrifício de preceitos éticos, tem sido uma tônica na recente política externa brasileira. Afinal, não podemos esquecer da vergonhosa devolução dos boxeadores cubanos ao ditador Fidel Castro, fato que colocou o governo Lula no mesmo patamar do governo Geisel, que em 1978, seqüestrou e deportou clandestinamente para o Uruguai a ativista política Lilian Celiberti em um episódio que na época foi histericamente condenado por esses mesmos esquerdóides que hoje estão no poder.