É impressionante a cara de pau com que nossos governantes insistem em fazer o povo brasileiro de otário, deixando claro que perderam qualquer resquício de respeito que ainda tinham para com a opinião pública. Vejamos o caso do governador de Pernambuco, o "mauricinho" Eduardo Campos, que no final de 2009, cheio de "cara e bocas", como é bem o seu estilo, prometeu que 2010 seria o ano da saúde em Pernambuco. Dito isso, deu início a uma série de atividades puramente mercadológicas, tal como a inauguração de hospitais absolutamente incapazes de atender a população com a prometida eficiência, preocupando-se muito mais com a aparência dos equipamentos de saúde entregues à população do que com o conteúdo incorporado àquelas unidades, na maioria das vezes inaugurados sem contar com a totalidade dos equipamentos, e até mesmo sem contar com corpo clinico, enfermagem ou mesmo pessoal burocrático capaz de dar devida sustentação de atendimento ao público. O fato é que em 2010, o ano que Eduardinho disse que seria o ano da redenção da saúde pública em Pernambuco, tem sido tão ruim quanto foram os anteriores, tendo sido marcados por muita propaganda e poucos resultados. Na prática, os hospitais novos funcionam "meia-boca" e os antigos estão na mesma penúria de antes. Quem duvidar, dê uma passadinha pelo Hospital da Restauração, centro do Recife, onde poderá ter uma idéia de como é a ante-sala do inferno. Sobram doentes espalhados pelos corredores imundos, enquanto faltam médicos, macas, enfermeiros, remédios e "otras cositas más".
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